A venda do Manchester United tem sido mais exigente do que uma prova de resistência. O processo vai entrar na terceira ronda de propostas e os moldes em que os atuais donos do clube, a família Glazer, se querem desfazer dos red devils ainda não são claros. Em cima da mesa, estão várias hipóteses: a venda total, a venda parcial ou até não aceitar nenhuma oferta. A imprensa inglesa aponta que a opção preferida dos Glazers é abdicarem da totalidade do clube. Ainda assim, há propostas para todos os gostos, embora o arrastar do processo já tenha causado uma baixa.

Thomas Zilliacus, um dos candidatos à compra do Manchester United, anunciou que vai deixar a corrida à propriedade da equipa inglesa. O empresário finlandês tinha planeado comprar metade do clube, sendo que a outra metade seria adquirida pelos adeptos que iam passar a ter preponderância direta nas decisões do clube. “Recusei a participação na terceira ronda de licitações pelo United. A licitação está a tornar-se uma farsa, com os Glazers a não respeitarem o clube. Os atrasos tornarão muito difícil para qualquer novo proprietário construir uma equipa vencedora para a próxima temporada”, esclareceu.

O empresário apontou o dedo aos Glazers devido à demora no processo, uma vez que entendia ser possível que chegar a um entendimento entre os principais interessados na compra do Manchester United sem ser necessário iniciar uma nova ronda de licitações. Zilliacus expôs que não quer participar numa “farsa” que serve para “maximizar o lucro dos vendedores às custas do Manchester United”.

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Sobram então duas propostas principais para a concretização do negócio. O sheikh Jassim Bin Hamad al-Thani, que tem dado a cara pelo Qatar na tentativa de adquirir o histórico inglês, é um dos resistentes. A proposta do Médio Oriente contempla aquisição da totalidade do clube e, além da aposta na construção da equipa, o investimento nas infraestruturas – aspeto criticado por Cristiano Ronaldo quando deixou o United e que ganha ainda mais destaque nestes dias pelo facto de Old Trafford não ser um dos estádios contemplados na candidatura britânica à realização do Campeonato da Europa de 2028 – e na comunidade local.

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Já o milionário Jim Ratcliffe quer comprar parte do clube do qual não esconde ser adepto, opção que não parece ser a preferida dos Glazers. O dono da INEOS também esteve envolvido numa tentativa de aquisição do Chelsea no ano passado.

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Os Glazers compraram o clube em 2005 por cerca de 911 milhões de euros. A intenção dos atuais donos do clube venderem o clube foi divulgada depois da saída de Cristiano Ronaldo do clube inglês. “O Manchester United tentou forçar a minha saída. Não só o treinador mas também outras duas ou três pessoas que estão à volta do clube. Senti-me traído, senti que outras pessoas não me queriam no clube”, lamentou o internacional português na impactante entrevista a Piers Morgan.

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