Carlos Moedas vai ser recebido este sábado pelo Papa Francisco, em Roma. O encontro entre os dois surge para assinalar os cem dias que faltam para o início da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realizam entre 1 6 de agosto na cidade de Lisboa.

A hipótese já estava a ser estudada entre o Vaticano e Câmara Municipal de Lisboa há algum tempo e foi agora confirmada. O autarca vai deslocar-se para a cidade italiana na sexta-feira e a audiência com o Papa Francisco acontece na manhã de sábado, às 10 horas locais (mais uma em Portugal continental).

Numa nota enviada à redação, Moedas explica o motivo deste encontro. “Estamos já em contagem decrescente para um evento único que vai marcar Lisboa e o país. Estar com o Santo Padre e poder transmitir todo o entusiasmo com que a cidade irá acolher de braços abertos, e de forma fraterna, os milhares de jovens que vão estar na cidade é emocionante.”

“É um grande orgulho poder estar no Vaticano e partilhar uma mensagem de grande confiança, de que estamos bem preparados e com convicção de que a JMJ na nossa cidade será um enorme sucesso. Lisboa será o palco do mundo por estes dias. Lisboa não falhará”, assegura ainda Carlos Moedas.

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Como explicava aqui o Observador, a JMJ deverá trazer à capital portuguesa cerca de 1,2 milhões de participantes, de acordo com a estimativa do plano de mobilidade e transportes para o evento que será apresentado.

Esta quarta-feira, quando faltam menos de quatro meses para o evento, o presidente da Câmara de Lisboa garantiu que as autoridades municipais estão preparadas para responder às necessidades adicionais que surjam durante um mês de agosto.

No terreno, como escreveu a Agência Lusa, o principal recinto do evento, no Parque Tejo-Trancão (Lisboa e Loures), começa a ganhar forma, perspetivando-se a conclusão dos trabalhos para o final de junho.

Em contagem decrescente, são dezenas as máquinas que operam diariamente nos cerca de 100 hectares que compõem o Parque Tejo-Trancão, nos concelhos de Lisboa e de Loures. Tanto do lado de Lisboa como de Loures ultimam-se ainda os trabalhos de terraplanagem dos terrenos, de forma a abrir caminhos e criar as condições para que ali sejam instaladas infraestruturas sanitárias, de água, de eletricidade e de internet.

Do lado de Lisboa, onde a maioria dos talhões (cada um equivalente a um campo de futebol) já se assemelha a um prado verde, decorre também a construção de uma ponte pedonal e ciclável, que unirá as duas margens do Trancão, e do altar-palco, cujo projeto teve de ser revisto e redimensionado, devido às críticas em relação ao valor.

Sobre os trabalhos que decorrem no Parque Tejo-Trancão do lado de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, fez um balanço “muito positivo”, prevendo que estes possam estar concluídos “até antes do inicialmente previsto”.

“Acreditamos que, no final deste mês, esta empreitada, da terraplanagem, da preparação das infraestruturas de todo este imenso terreno esteja concluído. Depois, há outras obras. Há o altar. Nós acreditamos que, muito antes da Jornada Mundial da Juventude começar, nós teremos todas as obras concluídas”, perspetivou o autarca.

No entanto, o responsável pelo pelouro da JMJ na Câmara de Lisboa destacou a “dimensão” e “exigências” dos trabalhos, adiantando que as empreitadas “mais estruturais” estão adjudicadas e em processo de conclusão.

“Digamos que, da parte da Câmara, no trabalho essencial, fazemos uma avaliação francamente positiva. Agora é preciso o evento acontecer. É preciso ligar as peças todas e esta é uma altura que o nervo começa a vir ao de cima e nós temos a noção que este evento obriga a uma mobilização total”, apontou. “Não podemos estar com improvisos”, alertou Anacoreta Correia.