A greve dos trabalhadores da CP levou esta sexta-feira à supressão de 59 comboios dos 253 programados (23,3%) entre a meia-noite e as 8h, segundo dados enviados pela empresa à Lusa.

A CP – Comboios de Portugal indica que dos 66 comboios regionais previstos não se fizeram 22 ligações e nos urbanos de Lisboa estavam programados 115 e foram suprimidos 26.

Nos urbanos do Porto, estavam previstos para aquele período 52, tendo sido suprimidos seis, e nos comboios de longo curso realizaram-se 11, das 12 ligações previstas.

Até domingo, na CP, os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as meia-noite e as 5h entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço.

Na Infraestruturas de Portugal (IP) e também até domingo, os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as meia-noite e as 5h entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço.

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Maquinistas da CP voltam a fazer greve de 1 a 30 de abril

Estas greves foram decretadas por uma plataforma de sindicatos composta pela ASCEF – Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária; o SINFB – Sindicato Nacional dos Ferroviários Braçais e Afins; o SINFA – Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins; o FENTECOP – Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Publicas; o SIOFA – Sindicato Independente dos Operários Ferroviários e afins; a ASSIFECO – Associação Sindical Independente dos Ferroviários de Carreira Comercial e os STF – Serviços Técnicos Ferroviários.

Também o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) está em greve durante todo este mês, face à “atitude de desconsideração” de que acusa a empresa.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão “aumentos salariais efetivos”, a “valorização da carreira da tração” e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.

Os trabalhadores pedem igualmente uma “humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede”, um “efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes” e o “reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo”.