“Não sei se voltaria a votar em Marcelo”. Quem o diz é Paulo Portas, o antigo líder do CDS que vai sendo insistentemente apontado como uma hipótese para uma corrida presidencial à direita, e que continua sem desvendar o seu futuro político.

No podcast do Expresso Liberdade para Pensar, Portas deixa uma crítica velada a Marcelo Rebelo de Sousa, dizendo que a um futuro Presidente da República fará falta “um certo poder de distância, que a Constituição lhe confere e que tem de ser exercido em momentos particularmente relevantes, em que o Presidente tem a chave, e isso exige algum recato”.

O comentário de Portas não é diretamente dirigido a Marcelo, mas é certo que o atual Presidente é bastante criticado dentro da sua família política por se pronunciar e comentar os mais diversos temas com muita frequência e que ultimamente tem falado recorrentemente da hipótese de vir a dissolver a Assembleia da República — um dos tais temas “relevantes” em que Belém “tem a chave”. No mesmo podcast, Portas diz que é “muito cedo” para falar numa possível corrida à sucessão de Marcelo, que acontecerá em 2026, mas aproveita para deixar claro que a sua vida profissional (é administrador não executivo da Mota-Engil) não só não o condiciona num eventual futuro político como até lhe traz “independência”.

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