Em Sines, já este sábado, o Imortal venceu o Lusitânia e apurou-se para a final da Taça de Portugal de basquetebol pela segunda vez em três anos. Ou seja, o clube algarvio fez o próprio trabalho, sentou-se no sofá e ficou à espera de conhecer o outro finalista — que sairia do dérbi entre Sporting e Benfica.

Leões e encarnados encontravam-se pela sexta vez esta temporada, sendo que os primeiros ganharam em três ocasiões e os segundos venceu nas outras duas, e cruzavam dois dos registos mais positivos na competição: o Sporting conquistou as últimas três edições da Taça de Portugal, enquanto que o Benfica é o recordista absoluto da prova, com 22 troféus. Algo que o treinador leonino não esquecia na antevisão.

“Deixa-me satisfeito jogar a final four, porque estar em todas as decisões é um objetivo. Agora vamos pela conquista da Taça de Portugal e gostaríamos de obter o mesmo resultado da Supertaça e da Taça Hugo dos Santos. Estamos contentes com o que temos feito. Damos um passo de cada vez e o próximo é contra o Benfica, que queremos vencer para dar mais uma alegria aos sportinguistas. Os aspetos mentais são a chave deste tipo de jogos e creio que a nossa equipa reage bem nestes momentos”, explicou Pedro Nuno Monteiro.

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Norberto Alves, por outro lado, sublinhava o “melhor momento em termos de forma desportiva” dos encarnados. “Sentimos que estamos a jogar bem e isso é o que conseguimos dominar, é o mais importante. Vai ser uma meia-final difícil, mas nós queremos vencer o jogo. Estamos confiantes, sentimos que com a Ovarense estivemos muito bem. Chegamos num bom momento da época e isso é meio caminho andado para poder vencer este jogo”, atirou o técnico do Benfica.

O jogo começou algo equilibrado, mas o Benfica mantinha um ascendente em termos de acerto que lhe permitiu chegar a uma vantagem de oito pontos numa fase ainda muito inicial (11-19) e levou Pedro Nuno Monteiro a pedir um desconto de tempo. Os encarnados terminaram o primeiro quarto a vencer precisamente por oito pontos (19-27), mas o Sporting procurou encurtar a desvantagem logo no arranque do segundo período e depressa chegou aos 25-29.

Norberto Alves seguiu a lógica do homólogo leonino e também pediu um desconto de tempo face ao bom momento do adversário, mas o Sporting conquistou motivação com a aproximação no marcador e Travante Williams conseguiu mesmo finalizar o cesto que alcançou o empate (39-39). Carter e Betinho recuperaram a vantagem encarnada, Marcus LoVett Jr. voltou a empatar com um triplo mas Broussard respondeu da linha de três pontos e levou o Benfica a vencer para o intervalo (42-45).

O Benfica repetiu a receita do primeiro quarto no terceiro e entrou melhor e mais eficaz, convertendo vários lances de forma consecutiva e beneficiando da ausência de clarividência do Sporting para chegar aos 10 pontos de vantagem (49-59). Os leões não demonstravam capacidade para reagir, até porque Travante Williams estava tapado por faltas e pouco ou nada entrava em campo, e foram para o derradeiro quarto a perder por 11 pontos (58-69) e com uma tarefa muito complicada para chegar à final da Taça de Portugal.

No último quarto, apesar de Pedro Nuno Monteiro ter arriscado ao colocar Travante Williams em campo no tudo por tudo, o Benfica não deixou fugir a confortável vantagem e venceu o Sporting (80-96), apurando-se para a final da Taça de Portugal de basquetebol. O encontro decisivo, contra o Imortal, está marcado para este domingo a partir das 19h.