Um jornalista da Al Jazeera, o correspondente Hisham Abdel Aziz, foi libertado na madrugada desta terça-feira, após quatro anos de prisão no Egipto, revelou o canal de televisão árabe.

“As autoridades egípcias libertaram o colega Hisham Abdel Aziz, jornalista do canal Al Jazeera Mubasher, na manhã desta segunda-feira, após quatro anos de detenção”, informou a emissora Al Jazeera, citada pela agência de notícias espanhola EFE.

O canal de televisão do Governo da monarquia do Catar acrescentou que a família do jornalista já foi informada de que Hisham Abdel Aziz já está em casa, no Cairo.

O presidente do sindicato dos jornalistas egípcios, Khaled Elbalshy, também se congratulou com a libertação: “Mil felicitações pela libertação do colega jornalista Hisham Abdel Aziz e pela sua chegada a casa. Esperemos que o mesmo aconteça com os outros colegas detidos”.

A Al Jazeera recordou esta terça-feira que as forças de segurança egípcias prenderam o jornalista em junho de 2019, quando este estava de férias, lembrando que existem outros dois jornalistas da estação que continuam detidos no Egipto.

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A estação televisiva apelou por isso à libertação de Bahaa Edin Ibrahim e Rabea Al Sheikh, detidos exatamente na mesma situação: Quando estavam de férias no Egipto.

Segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), o Egipto é uma das maiores prisões do mundo para jornalistas, tendo atualmente 22 repórteres detidos, e é também um dos países que menos respeita a liberdade de impressa: O Egipto ocupa o 168.º lugar de uma lista de 180 países realizada anualmente pela RSF.

A EFE lembrou que o Egipto — juntamente com o Bahrein, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos — cortou relações com o Qatar devido a divergências políticas entre 2017 e 2021, mas as relações entre o Cairo e Doha melhoraram, sobretudo a nível económico.