O primeiro-ministro japonês anunciou que planeia visitar Seul no domingo e segunda-feira, para conversações com o Presidente sul-coreano, num contexto de reaproximação entre os dois países aliados dos Estados Unidos.

A visita, a primeira de um primeiro-ministro japonês à Coreia do Sul desde 2018, segue-se a uma reunião entre o líder do governo nipónico, Fumio Kishida, e o chefe de Estado sul-coreano, Yoon Suk Yeol, em Tóquio, em meados de março, quando os dois países concordaram em levantar as restrições comerciais mútuas.

As relações entre os dois vizinhos deterioraram-se nos últimos anos devido a disputas históricas que remontam à colonização japonesa da península coreana (1910-1945), como a questão das “mulheres de conforto” coreanas, escravas sexuais dos soldados japoneses durante a Segunda Guerra Mundial, e os trabalhadores forçados coreanos em empresas japonesas.

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Mas os líderes dos dois países estão agora a tentar aproximar-se novamente, tendo como pano de fundo desafios regionais comuns, como a China e a Coreia do Norte.

“Estamos a coordenar [a minha] visita à Coreia do Sul a 7 e 8 de maio, se as circunstâncias o permitirem”, disse Kishida no Gana, a segunda etapa de uma viagem que o levará a quatro países africanos, incluindo a Moçambique, na quarta-feira, e a Singapura.

A visita a Seul, antes da cimeira dos líderes do G7, prevista entre 19 e 21 de maio em Hiroshima, no oeste do Japão, é “uma boa oportunidade para uma troca franca de pontos de vista sobre a aceleração das relações entre o Japão e a Coreia do Sul e sobre a rápida evolução da situação internacional”, disse aos jornalistas.

Kishida disse esperar que a visita dê um novo impulso à “diplomacia de vaivém” entre os dois países, um mecanismo de reuniões regulares entre os seus líderes, suspenso desde dezembro de 2011 e que Kishida e Yoon concordaram em retomar.

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O Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão anunciou na semana passada que tinha iniciado o processo de reintegração da Coreia do Sul na chamada “lista branca” de parceiros comerciais de confiança, depois de a ter retirado em 2019.