O castigo ao voleibolista brasileiro Wallace de Souza foi agravando pelo Comité Olímpico do Brasil (COB), passando de 90 dias sem jogar nas competições internas para cinco anos, foi esta terça-feira anunciado pelo organismo.

Há um mês, o Conselho de Ética do COB também o tinha castigado em termos de seleção nacional, mas por um ano.

O popular jogador, de 42 anos, foi considerado como autor de “ato antiético” e de “promover e incitar à violência” nas redes sociais, com mensagens consideradas impróprias sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O oposto do Cruzeiro, campeão olímpico no Rio2016 e apoiante confesso do antigo presidente Jair Bolsonaro, foi suspenso provisoriamente em 31 de janeiro, depois de ter promovido uma sondagem na sua página na rede social Instagram em que perguntava se Lula merecia um tiro na cara.

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Castigado por 90 dias nas competições internas em 31 de janeiro, Wallace de Souza poderia voltar a jogar já na quarta-feira, mas agora só o poderá fazer em 31 de janeiro de 2028, depois de não ter cumprido o castigo e ter jogado em 30 de abril a final da Superliga de voleibol. A decisão do Conselho de Ética foi tomada por unanimidade dos membros.

Também foram sancionados a Confederação Brasileira de Voleibol, que fica seis meses sem receber os recursos financeiros e o material desportivo a que teria direito, e o seu presidente, Radamés Lattari Filho, afastado por um ano.

Para o COB, a Confederação Brasileira de Voleibol “não só recorreu a artifícios para incumprir a decisão”, como “permitiu” a inscrição do jogador em evento por ela organizado.

Wallace de Souza já tinha renunciado à seleção brasileira após os Jogos Olímpicos Tóquio2020, disputados em 2021, mas aceitou voltar para disputar o Mundial no ano passado.