A produção renovável abasteceu 49% do consumo de eletricidade em abril, mês em que as condições meteorológicas se mantiveram negativas para as renováveis, com exceção da fotovoltaica, divulgou esta quarta-feira a Redes Energéticas Nacionais (REN).

Em abril, a produção renovável abasteceu 49% do consumo e a não renovável 15%, tendo os restantes 36% correspondido a energia importada.

“O índice de produtibilidade eólico registou 0,80 (média histórica igual a 1), enquanto o hidroelétrico registou 0,34, o segundo registo mais baixo para o mês de abril, só batido pelo registado em 1993 (dados REN desde 1971)”, lê-se no comunicado divulgado.

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Já o índice de produtibilidade eólico registou 1,30, o índice mais elevado de sempre para o mês de abril (dados REN desde 2010). No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 0,83, o de produtibilidade eólica em 0,90 e o de produtibilidade solar em 1,19.

Neste período, a produção renovável abasteceu 67% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 29%, eólica com 26%, e fotovoltaica e biomassa ambas com 6%. A produção a gás natural abasteceu 18% do consumo, enquanto os restantes 15% corresponderam ao saldo importador.

No que diz respeito ao mercado de gás natural, recuou 25% em abril, registando uma variação mais acentuada no segmento de produção de energia elétrica (com uma quebra homóloga de 52%), enquanto no segmento convencional o recuo foi de 9,3%.

No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 21%, repartido por uma queda de 5,4% no segmento convencional e de 42% no segmento de produção de energia elétrica.

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Ainda de acordo com a REN, o aprovisionamento do sistema nacional foi efetuado “praticamente a 100%” a partir do terminal de gás natural liquefeito (GNL) de Sines.

Segundo salienta, “além do abastecimento do sistema nacional, foi ainda exportado para Espanha, através do gasoduto, cerca de um TWh [terawatt-hora] de gás natural, o valor mensal exportado mais elevado de sempre”.