O Banco Central Europeu (BCE) poderá abrandar esta quinta-feira o ritmo de subida das taxas de juro para 25 pontos base, dado que os anteriores aumentos já se sentem na economia real.

A reunião de política monetária do BCE tem lugar num momento em que a situação nos mercados financeiros acalmou, depois da forte turbulência que se fazia sentir em março, quando decorreu a reunião anterior.

Mas, a inflação geral subiu uma décima em abril na zona euro, situando-se em 7%, enquanto a inflação subjacente, que exclui os preços da energia e dos alimentos, baixou uma décima para 5,6%, a primeira descida em vários meses.

Esta semana, o BCE publicou dados que mostram que no primeiro trimestre houve uma travagem na concessão de créditos a empresas e que também caem os pedidos de empréstimos de empresas e de créditos hipotecários.

Os bancos antecipam uma nova descida acentuada nos próximos meses.

Os dados da inflação publicados na terça-feira sugerem que o BCE pode desacelerar o ritmo de subidas das taxas para 25 pontos base na sua reunião, prevê a economista Ulrike Kastens, do grupo DWS.

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Os analistas do UniCredit, citados pela agência EFE, também antecipam uma subida de 25 pontos base, mas não afastam a possibilidade de um aumento mais forte, de 50 pontos base.

O “número mágico” que comanda os bancos centrais (e a vida de quem tem crédito). A meta da inflação em 2% ainda faz sentido?

Na sua última reunião, realizada em 16 de março, o BCE decidiu aumentar as taxas de juro em 50 pontos base.