Um estudante de 12 anos afirma ter sido expulso da escola, nos EUA, depois de se recusar a despir uma t-shirt com a frase “Só há dois géneros”. Segundo a escola, a afirmação na peça de roupa estava a deixar os colegas inseguros.

No passado dia 21 de março, Liam Morrison, um estudante do sétimo ano da escola secundária John T. Nichols Jr, em Massachusetts, nos EUA, decidiu usar numa aula de educação física uma t-shirt com uma frase que, segundo o mesmo, defendia as suas ideologias.

“Só há dois géneros” era a afirmação estampada na roupa do jovem. Esta fez com que fosse retirado da aula, com a justificação de que a turma não se sentia confortável.

O caso veio a público no domingo, dia 30 de abril, depois de uma conta da rede social Twitter ter publicado um vídeo do discurso de Liam durante uma assembleia escolar.

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“Disseram-me que eu não estava em apuros, mas eu senti que sim. Disseram-me que eu tinha de tirar a t-shirt para poder voltar à aula”, explicou Liam, no passado dia 13 de abril, diante da direção escolar, acrescentando: “Quando, educadamente, respondi que não queria fazer isso, ligaram ao meu pai.”

No vídeo, Liam conta que lhe disseram que a sua t-shirt “visava uma classe protegida” — referindo-se a pessoas transgénero e não binárias. “Quem é esta classe protegida? Os seus sentimentos são mais importantes do que os meus direitos?”, perguntou, acrescentando: “Eu não me queixo quando vejo bandeiras LGBT e posters de diversidade pendurados pela escola. Sabem porquê? Porque os outros têm direitos às suas crenças, assim como eu”.

O jovem explicou que a peça de roupa não perturbou a aula e que, antes de ser expulso da escola, alguns dos seus colegas mostraram que o defendiam e que, inclusive, queriam uma t-shirt igual.

Antes de terminar o seu discurso, Liam enfatizou que não usou a t-shirt naquele dia com o objetivo de “magoar sentimentos ou causar problemas”, mas sim para praticar o seu direito à liberdade de expressão.

De acordo com o New York Post, o Instituto das Famílias de Massachusetts, uma organização cristã sem fins lucrativos, publicou no Twitter que o jovem está a receber suporte legal.