O “essencial” da subida dos juros na zona euro está cumprido, mas, “provavelmente, ainda haverá mais alguns aumentos“, antecipa François Villeroy de Galhau, governador do Banco de França e, por isso, um dos membros do Conselho do BCE. Citado pela agência Reuters, um dia depois de a autoridade monetária anunciar um novo aumento das taxas de juro – o sétimo consecutivo –, o francês confirma a ideia que ficou da conferência de imprensa de Christine Lagarde: o aumento de 25 pontos decidido esta quinta-feira não foi o último.

François Villeroy de Galhau garante que o BCE quer baixar a inflação para 2% até 2025 – “talvez, até, no final de 2024”. Para isso, é provável que haja mais aumentos da taxa de juro, antecipou o francês, dando a entender que os próximos aumentos também serão de 25 pontos percentuais – a medida mais reduzida em que os bancos centrais habitualmente alteram as taxas de juro.

Mais importante do que a velocidade, agora, é a duração” dos aumentos de juros, afirmou Villeroy de Galhau. Por outras palavras, o francês sublinha que o mais importante é perceber quando é que o BCE decide parar com as subidas, numa altura em que os analistas antecipam que as taxas de juro vão continuar a subir “até ao verão”, o que pode significar pelo menos mais duas subidas – a 15 de junho e a 27 de julho.

Seremos persistentes, até que a inflação esteja controlada”, garante o responsável que lidera o Banco de França.

A opinião do BCE, também transmitida por Christine Lagarde, é que “o impacto das subidas de taxas de juro que já foram feitas já está a refletir-se na economia” da zona euro. Porém, François Villeroy de Galhau garante que “o nosso objetivo não é fazer abrandar a economia mas, sim, vencer a inflação“.

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