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Longo ensaio, jantar com 200 convidados e preocupação com quem espera há vários dias. As últimas horas de Carlos III antes da coroação

Este artigo tem mais de 6 meses

"Só espero que fiquem sequinhos para a coroação", murmurou Carlos ao passar pelos apoiantes da monarquia que esperam pela cerimónia há vários dias. Ir ao The Mall foi apenas um dos momentos desta 6ª.

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Getty Images

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Passavam poucos minutos das 10h desta sexta-feira quando Carlos III entrou pelo portão da Abadia de Westminster. Acompanhado por Camilla Parker Bowles, o Rei apareceu num Bentley bordeaux que foi construído especialmente pela marca de clássicos para ser oferecido a Isabel II. Carlos acenou aos fãs que já esperam à porta da igreja e entrou rapidamente para o último ensaio antes da coroação para a qual se preparou toda a vida. William, o agora príncipe herdeiro, chegou minutos depois para se juntar ao pai.

Os ensaios para a cerimónia começaram há vários meses. Mas, com o aproximar da data, passaram a realizar-se todos os dias: têm uma duração de mais de quatro horas e envolvem 15 mil pessoas, em todas as suas vertentes. Pajens, guarda de honra, bandas, agentes de segurança e até os príncipes estão envolvidos para que nada falhe este sábado.

Os recuerdos da coroação: Carlos perde com Diana e Isabel II

Londres está preparada para a coroação. Pelas 9h, as lojas de Londres ainda não abriram, à exceção daquelas que vendem recordações. Chávenas, colheres, ursos de peluche, autocolantes, caixas de chá, postais, coroa, há objetos para todos os gostos na secção “royal family”. No entanto, nem por ser véspera de coroação, é Carlos III quem está no top de vendas. Isabel II e a princesa Diana — a mulher de quem o agora Rei se divorciou — lideram as vendas, o que pode ser um sinal da (ainda) falta de popularidade do antigo príncipe de Gales.

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Pouca popularidade parece ser algo que também atinge a rainha consorte, Camila. “Não devia ser rainha”, diz Jane ao Observador, numa rua onde está um cartaz gigante com o rosto de Diana e a legenda “God save the queen!” (Deus salve a Rainha, na tradução em português). Jane é apenas uma das pessoas que acredita que o trono deveria passar diretamente para William – o filho mais velho de Carlos e Diana e o herdeiro ao trono a seguir ao pai – e assume mesmo que vai sair de Londres nos próximos dias “para evitar a confusão”. “Não os odeio, mas também já não os adoro”, diz, referindo-se à família real.

A necessidade de se aproximar do povo terá levado Carlos III, mesmo em véspera de coroação e com uma agenda recheada — que incluiu um almoço com o primeiro-ministro, Rishi Sunak, e outros membros do Governo britânico–, a decidir ir cumprimentar as pessoas acampadas há três dias para ver a coroação na extensa avenida The Mall, junto ao Palácio de Buckingham. Foi recebido com meia dúzia de gritos de entusiasmo, mas quem fez mesmo furor foi Kate Midleton, com quem iniciou o passeio, e William, que se juntou ao pai e à mulher um pouco mais tarde.

Milhares dormem à chuva para ver o rei passar

Mesas, cadeiras, carpetes, loiças e talheres. Estes são alguns dos objetos que se podem ver junto dos milhares de pessoas — quase todas elas vestidas a rigor para a ocasião — que estão ao longo da referida avenida para ver passar a “procissão do rei” desde a primeira fila. Mesmo que isso implique vários dias sem tomar banho, a comer snacks e a dormir debaixo de chuva, como acontece na noite desta sexta-feira, na qual o frio também aperta. Porque há quem tenha tendas, mas há também quem tenha trazido apenas sacos-cama.

O esforço destes últimos dias deve ser recompensado este sábado pois estas serão as pessoas a ver de mais perto o momento em que Carlos III vai sair pelo portão da residência real a caminho da abadia de Westminster. Ao falar com estes indefétiveis da monarquia, Carlos murmurou: “Só espero que fiquem sequinhos para a coroação”.

No entanto, nem todos os momentos têm sido tranquilos – a polícia metropolitana tem tentado que quem ali espera mude de lugar. “Desmobilizem, por favor! Não veem a nossa frustração?”, dizem. No entanto, as pessoas ali reunidas têm uma espécie código de honra para tentar evitar que haja quem obedeça às autoridades. Quanto tal acontece, há logo quem grite: “Resiste! Eles não vão fazer nada. É um braço de ferro que o povo ganha”.

Marcelo na receção que se atrasou: adeus, pontualidade britânica!

Estava marcada para as 17hoo a receção aos quase 200 representantes internacionais que vão assistir à coroação de Carlos III. Mas, desta vez, a famosa pontualidade britânica falhou e só cerca das 16h30 os carros oficiais começaram a sair para ir buscar os Chefes de Estado que iam estar presentes no banquete. Ao mesmo tempo, os céus eram patrulhados por vários helicópteros que procuravam garantir a segurança de toda a cerimónia.

Na residência real, entraram pouco depois das 18h00, entre outros, o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, a mulher do Presidente ucraniano, Olena Zelenska, a primeira-dama dos EUA, Jill Biden, e membros das famílias reais de todo mundo.

Este sábado, todos estes convidados devem estar às 7h30 da manhã na Abadia de Westminster à espera de um rei que só chegará três horas depois – e que irá tornar o mais velho de sempre a ser coroado na família real inglesa.

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