Já eliminado da Liga Europa, na final da Taça de Inglaterra e sem hipótese de entrar na corrida pelo título, a reta final da Premier League do Manchester United prendia-se com o apuramento direto para a Liga dos Campeões da próxima temporada e a busca pelo terceiro lugar. E parte disso, este domingo, passava por vencer o West Ham e aproveitar a derrota do Newcastle para regressar a esse pódio da liga inglesa.

Vindo de apenas uma vitória nos últimos três jogos — e de uma derrota moralmente destrutiva contra o Brighton, com um penálti sofrido aos 90+9′ –, o Manchester United visitava em Londres um West Ham que tinha concedido três desaires nas últimas três jornadas. E Erik ten Hag recordava que voltar a ganhar depois de perder não tem sido propriamente um problema na temporada dos red devils.

“Esta temporada temos sempre conseguido responder depois de sofrer uma derrota. Conto com os meus jogadores e com a minha equipa para o fazermos outra vez. Não há tempo para ficar neste mood. Vamos defrontar o West Ham e vamos concentrar-nos nisso. Vamos prepará-los, vamos estabelecer um bom plano. Os jogadores têm de assumir a responsabilidade e vão fazê-lo, conto com isso. Têm de o fazer e podem fazê-lo, porque já provámos esta época que sempre que sofremos uma desilusão conseguimos responder. Claro que, enquanto Manchester United, precisamos de estar na Liga dos Campeões. Queremos estar lá porque queremos defrontar as melhores equipas do mundo. Vamos fazer tudo aquilo que dependa de nós para o alcançar”, explicou o treinador neerlandês na antevisão da partida.

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Assim, Ten Hag deixava Martial no banco e escolhia Rashford como a principal referência ofensiva da equipa, apoiado por Bruno Fernandes, Weghorst e Antony. Eriksen e Casemiro eram os donos do meio-campo, com Fred, Sabitzer e Sancho a serem suplentes, e Diogo Dalot também começava no banco para dar lugar a Wan-Bissaka na direita da defesa. Do outro lado, David Moyes apostava no natural Michail Antonio e tinha Bowen, Paquetá e Benrahma nas costas do internacional jamaicano, sem esquecer o crónico Declan Rice no setor intermédio.

O West Ham abriu o marcador ainda dentro da primeira meia-hora e num lance onde David de Gea ficou muito mal na fotografia: Benrahma ganhou a bola no corredor central, enfrentou três adversários completamente sozinho e atirou rasteiro e com pouca força de fora de área, com o guarda-redes espanhol a ter uma abordagem incompreensível ao lance e a permitir que a bola entrasse na baliza (27′).

Ten Hag só mexeu já na segunda parte, trocando Weghorst por Martial, e no último quarto de hora colocou Sancho e Sabitzer — mas já nada se alterou. O Manchester United perdeu em Londres com o West Ham, somou a segunda derrota consecutiva e falhou o assalto ao terceiro lugar, permanecendo a dois pontos do Newcastle numa jornada em que os magpies perderam. E tudo porque David não soube ser Golias e traiu a convicção de Erik ten Hag.