Pelo menos cinco pessoas foram detidas após os protestos ocorridos no sábado na cidade cubana de Caimanera, no leste do país, de acordo com relatos feitos este domingo por ativistas opositores do regime.

Alguns vídeos divulgados nas redes sociais — e transmitidos também pela estação televisiva Martí Notícias, com sede nos Estados Unidos – mostram agentes das forças de segurança a atacar e a deter manifestantes que entoavam palavras de ordem a favor da liberdade.

“As forças violentas de Miguel Díaz-Canel (Presidente de Cuba) fazem a única coisa que sabem: reprimir o povo e violar direitos humanos”, comentou a organização Amnistia Internacional.

“Há cinco pessoas detidas”, disse o ativista e jornalista Yeri Curbelo, que conseguiu falar com as famílias dos detidos.

Curbelo diz que os manifestantes foram confrontados por agentes dos Boinas Pretas (as forças de elite do Exército cubano) e pelos Boinas Vermelhas (tropas de prevenção do Exército).

Pouco depois da intervenção policial, o acesso à Internet foi cortado, na região de Caimanera, província de Guantánamo.

“Mais uma vez, a Internet foi cortada. Os cubanos não aguentam mais. Pedem e merecem liberdade e direitos”, disse o porta-voz da organização Human Rights Watch, Juan Pappier.

“Os militares espancaram mulheres e homens que protestavam pacificamente em Caimanera, Guantánamo, enquanto a Internet foi cortada”, denunciou também a ativista Carolina Barrero, na rede social Twitter.

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