O PCP/Lisboa propôs esta segunda-feira a realização de uma reunião urgente entre a Câmara Municipal e os operadores de transporte para discutir soluções para minorar os constrangimentos que têm ocorrido no metropolitano e na linha de comboios de Cascais.

Em comunicado, o PCP/Lisboa refere que, nos últimos dias, os utentes dos transportes públicos da cidade – residentes, trabalhadores ou visitantes – têm sido confrontado com um “agravamentos das dificuldades nas suas deslocações”, devido a várias alterações implementadas, nomeadamente a suspensão da circulação do Metropolitano de Lisboa nos troços entre Telheiras e Campo Grande (linha Verde) e entre Campo Grande e Cidade Universitária (linha Amarela), que vi permanecer até ao início de julho.

“Esta decisão, agravada pela redução para comboios de três carruagens na linha Verde, tem estado a criar nos últimos dias uma situação de caos e insegurança, com os utentes a aglomerarem-se nos cais das estações e com as carruagens completamente cheias. As soluções de reforço do serviço da Carris anunciadas pela Câmara Municipal de Lisboa têm-se manifestado claramente insuficientes”, alertam os comunistas.

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Além disso, lembra o PCP/Lisboa, também na linha de comboios de Cascais existem constrangimentos, como a interrupção da ligação entre o Cais do Sodré e Algés em diversos horários.

“A situação que a cidade de Lisboa atualmente vive no funcionamento do sistema público de transportes, exige a tomada de medidas com vista a uma eficaz articulação entre as diversas entidades – Câmara Municipal de Lisboa, Metropolitano de Lisboa e CP [Comboios de Portugal] – sobre a planificação das obras na cidade bem como as soluções alternativas de transporte público, de forma a minimizar os impactos na mobilidade na cidade”, defende o PCP/Lisboa.

O partido exige assim “uma solução urgente para os graves problemas causados pelas obras do Metropolitano de Lisboa e para a qual devem ser mobilizados todos os recursos disponíveis e envolvidos todos os operadores da cidade”.

Considerando a que “a responsabilidade do Metropolitano é evidente e inquestionável”, os comunistas defendem que a Câmara de Lisboa não pode ficar “à margem da solução para este problema” que carece de uma solução urgente.

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Por isso, acrescentam, o Metropolitano de Lisboa e a autarquia têm de assumir as suas responsabilidades, “articulando uma solução de transportes alternativos para dar resposta às interrupções, não apenas com reforço das carreiras da Carris existentes, mas com autocarros específicos entre os troços interrompidos e com a criação de circuitos complementares aos circuitos existentes”.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), disse que a autarquia tem estado sempre em contacto com o Metropolitano de Lisboa e também está a ajudar “por intermédio da Carris”, mas que tem de ser “o metro a encontrar essas alternativas”.

“É um problema que tem que ser resolvido pelo metro. O metro tem que encontrar essas alternativas e nós estamos aqui para ajudar […] e eu sei que neste momento é difícil, é difícil, mas há muitas obras que têm que ser feitas na cidade. Estas obras são de responsabilidade do metro. O metro está a tentar trabalhar nas alternativas e nós estamos a ajudar”, disse Carlos Moedas, que falava à margem de uma cerimónia de entrega de chaves de habitações municipais, nos Paços do Concelho.

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A circulação no metro de Lisboa entre Telheiras e Campo Grande (linha Verde) e entre Campo Grande e Cidade Universitária (linha Amarela) está interrompida entre 02 de maio e 07 de julho, devido às obras de expansão daquelas linhas.

De acordo com o Metropolitano de Lisboa, “até à reposição da normal circulação no troço da linha Verde e Amarela” será reforçada a oferta nas horas de ponta. A Carris também já anunciou o reforço do serviço das carreiras 736, 738 e 767.

Por outro lado, a Carris Metropolitana está a assegurar o transporte rodoviário entre as estações de comboios do Cais do Sodré (Lisboa) e de Algés (Oeiras), troço ferroviário encerrado devido às obras de modernização da Linha de Cascais.

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