A Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) recebeu na semana passada o pedido para abertura de concurso para o cargo de diretor-geral da Saúde, quatro meses após a atual diretora ter anunciado a saída.

Segundo disse à Lusa fonte da CReSAP, o pedido chegou no dia 3 maio. No final do ano passado, Graça Freitas, que assumiu o cargo em 2017, manifestou a vontade junto do Ministério da Saúde de não renovar a nomeação, mas assegurou que permaneceria no cargo na Direção-Geral da Saúde (DGS) até ser substituída.

No início de março, numa audição na Assembleia da República, a responsável garantiu que a decisão de deixar o cargo foi do foro pessoal.

Entretanto, a diretora-geral da Saúde entrou esta segunda-feira de férias e, segundo confirmou à Lusa o Ministério da Saúde, durante este período as funções são assumidas pelo subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal.

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Em abril, o ministro da Saúde tinha dito que a decisão sobre quem vai substituir Graça Freitas à frente da DGS seria tomada até meio do ano, garantindo que não havia qualquer descontinuidade de funções.

O procedimento concursal para o cargo de diretor-geral já aparece no site da CReSAP como um dos que será aberto “em breve”, em conjunto com mais de duas dezenas de outros.

Segue-se a definição do perfil para o cargo, que terá de ser aprovado pelo membro do Governo que tutela a área, seguindo depois para Diário da República a informação sobre a abertura de concurso.

Numa entrevista ao jornal Público em fevereiro, o subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal, manifestou-se disponível para apresentar uma candidatura à CREeSAP.

“Tenho currículo, experiência local, regional, nacional e internacional que mo permite (…) acho que posso dar um contributo muito significativo quer no discurso quer na agenda”, afirmou.