A administração da TVI anunciou ter resolvido o diferendo com Judite Sousa, referente à saída da jornalista do canal em 2022, de acordo com um comunicado conjunto divulgado na antena da CNN Portugal. “A Administração da TVI comunica ter acertado com Judite de Sousa os temos pelos quais as partes resolvem qualquer perturbação que eventualmente pudesse vir a eclodir nas suas relações” pode ler-se no comunicado.
Empresa e jornalista sublinham estar “de boa-fé na conclusão deste ciclo”, lamentando “qualquer involuntário transtorno, incómodo ou inconveniente que possa ter surgido no decurso do relacionamento profissional que mantiveram”.
Os termos do acordo não foram tornados públicos por mútuo acordo entre as partes, com o referido comunicado a dar conta de se tratar da “única expressão pública do entendimento a que estas chegaram”.
Judite Sousa foi um dos principais nomes associados ao lançamento da CNN Portugal aquando do início da emissão do canal, em novembro de 2021. Foi, aliás, o primeiro rosto da estação, dividindo a apresentação do “Jornal da CNN” às 21 horas com Júlio Magalhães, alternando semanalmente.
As relações entre as partes pioraram no verão de 2022, com a jornalista a anunciar publicamente a saída da estação a 1 de agosto. Na origem do diferendo estariam a falta de condições e apoio oferecido pelo canal a Judite de Sousa aquando da sua ida para a Ucrânia onde cobriu a guerra durante algumas semanas.
Na altura, Judite de Sousa afirmou ter denunciado o contrato com o canal, alegando ter estado a trabalhar a recibos verdes, sem seguro de saúde e sem dinheiro enquanto esteve na Ucrânia. “Nunca vi uma moeda ou uma nota ucraniana. Para beber uma água, tomar um café, almoçar, pedia ao jovem repórter de imagem que pagasse a minha despesa”, acusou a jornalista numa publicação nas redes sociais.
O diretor de informação da TVI/CNN, Nuno Santos, referiu à época que a empresa teve conhecimento na segunda-feira “pelas redes sociais” e ter sido apanhado de surpresa pela denúncia do contrato. “A Judite escolheu a equipa, demos-lhe todo o apoio ao longo desse processo. (…) Não podemos deixar que se digam mentiras sobre o que está a acontecer, não permitiremos que aconteça.”, afirmou.
