A Guarda Nacional Republicana (GNR) detetou cinco drones em infração no âmbito da operação de segurança da peregrinação internacional ao Santuário de Fátima, sem registo de furtos, mas com alguns constrangimentos no trânsito, foi anunciado este sábado, 13 de maio.

“Este ano, houve a deteção de 16 drones a iniciar o voo ou a voar (…), sendo que cinco deles se encontravam em infração, uma vez que o espaço aéreo se encontrava interdito, tendo sido levantado o auto de contraordenação [e] será comunicado à entidade administrativa competente”, disse à agência Lusa, o capitão Joao Lourenço, relações públicas da GNR.

Segundo este responsável, os drones foram apreendidos às pessoas que pretendiam colocar estes equipamentos aéreos não tripulados sem a devida autorização.

O capitão, que falava à Lusa pelas 14h00, ressalvou que o dispositivo de segurança montado por ocasião da primeira grande peregrinação do ano ao Santuário de Fátima termina no domingo, mas que, neste momento, o balanço é positivo.

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“A operação tem estado a decorrer dentro daquilo que é expectável”, adiantou, referindo que na sexta-feira “houve um grande fluxo de pessoas”, estimadas em 220 mil.

No âmbito da criminalidade, o capitão realçou a ausência de registo de furtos.

“Um evento desta natureza, com um número de pessoas concentrado tão significativo, destaco o facto de não temos qualquer registo de furtos”, adiantou o relações públicas, sustentando que “isto é fruto também de um trabalho feito” no âmbito da prevenção da criminalidade.

Por outro lado, adiantou que a GNR referenciou “apenas um falso mendigo” (o ano passado na peregrinação de maio foram 14) reiterando a aposta na prevenção de criminalidade, “um dos grandes objetivos desta operação”, que incluem a garantia da segurança e da fluidez do trânsito.

Questionado sobre a confusão que se gerou no trânsito após as celebrações na sexta-feira à noite, como constatou a Lusa, o capitão João Lourenço explicou que Fátima registou durante diversos dias a chegada de milhares de peregrinos, sendo que, num período “de uma hora, uma hora e meia” depois das cerimónias, as pessoas pretendem sair da cidade.

“É natural que exista sempre algum congestionamento do trânsito”, reconheceu, como sucedeu após a missa de hoje, e que “flui dentro daquilo que é a normalidade possível”, esclareceu, adiantando que na sexta-feira ocorreu uma colisão que gerou “constrangimento do ponto de vista rodoviário”.

Milhares de pessoas participaram nas celebrações de 12 e 13 de maio ao Santuário de Fátima, com o templo a indicar que hoje estiveram na missa final cerca de 200 mil pessoas.

A peregrinação internacional aniversária foi presidida pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.

A GNR tem cerca de 700 militares na operação de segurança da peregrinação, operação que termina no domingo.