O presidente do executivo madeirense alertou este sábado, 13 de maio, o Governo para a necessidade de ser retomado o trabalho para aumentar os limites da velocidade do vento fixados para as aterragens no aeroporto da ilha.

“Temos de atuar agora de uma forma efetiva”, declarou Miguel Albuquerque aos jornalistas à margem da visita que efetuou a um novo empreendimento na área do enoturismo, no concelho de São Vicente, na zona norte da ilha, quando questionado sobre os problemas provocados pelo condicionamento verificado na passada semana no Aeroporto da Madeira devido a problemas do vento.

O governante madeirense salientou ser necessário retomar o projeto do grupo de trabalho para a revisão dos limites fixados e um eventual aumento da velocidade do vento fixada para a operacionalidade da infraestrutura aeroportuária da Madeira, um projeto “que voltou a cair com a saída do ministro Pedro Nuno Santos” do Ministério das Infraestruturas.

O chefe do Governo Regional da Madeira (PSD/CDS) realçou que um dos objetivos era aumentar o valor do limite do vento para permitir as aterragens com cinco nós, uma medida que considerou ser “muito importante” e que teria possibilitado que 80% dos voos que não puderam realizar-se na passada semana conseguissem utilizar a pista do aeroporto da ilha da Madeira.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Temos de alertar o novo ministro (João Galamba) para a urgência de avançar com os trabalhos” para avaliar esta medida, disse.

Miguel Albuquerque insistiu que os limites em vigor foram fixados em 1964, não sendo consentâneos com os avanços e a atual capacidade tecnológica dos aviões, que registam “um distância colossal”.

“Se esse grupo com técnicos e toda a segurança aumentar a margem de manobra, todos ficamos a ganhar”, sublinhou.

Na passada semana, devido ao vento forte, dezenas de aeronaves não conseguiram operar no Aeroporto da Madeira, tendo divergido para outros destinos e provocado cancelamentos de viagens, o que afetou milhares de passageiros.