Pelo menos 83.758 sudaneses entraram no Egito, através dos postos fronteiriços, desde o início dos combates no Sudão entre o Exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR) em 15 de abril.

A informação foi avançada pela agência de notícias Efe que cita uma publicação da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), na sua conta oficial no ‘Twitter’.

Segundo a ACNUR, “no período entre 15 de abril e 13 de maio, cerca de 88.873 pessoas fugiram do Sudão para o Egito”, concretizando que entre esses deslocados “83.758 são sudaneses, enquanto 5.115 são de outras nacionalidades”.

A agência da ONU disse na sexta-feira que o número de sudaneses deslocados para os países vizinhos atingiu os 200.000, a grande maioria mulheres e crianças.

Ainda segundo a ACNUR, o aumento significativo destes dados surge na sequência de novas informações fornecidas pelas autoridades do Egito sobre o número de sudaneses acolhidos e de um aumento das chegadas de refugiados ao Chade, provenientes da região sudanesa do Darfur.

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Desde o início do conflito no Sudão, em 15 de abril, mais de 600 pessoas perderam a vida, 190 das quais eram crianças, e mais de 5.000 ficaram feridas, enquanto os confrontos causaram a deslocação interna de 700.000 sudaneses.

As partes sudanesas envolvidas no conflito assinaram na sexta-feira a chamada Declaração de Jeddah, mediada pela Arábia Saudita e pelos Estados Unidos da América (EUA), um acordo de princípio que visa permitir a entrada de ajuda humanitária e proteger os civis.

O Sudão faz fronteira com sete países africanos que temem que as consequências do conflito, como a crise de refugiados ou a insegurança em suas fronteiras, os afetem diretamente.