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Quatro aeronaves militares russas foram abatidas no sábado, 13 de maio, perto da fronteira com a Ucrânia. . A informação, avançada pelo jornal russo Kommersant indica que pelo menos dois aviões de combate — um Su-34 e um Su-35 — e dois helicópteros Mi-8 da força aérea russa foram abatidos “quase simultaneamente” na região russa de ​Bryansk, a 50 quilómetros da fronteira ucraniana.

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Apesar de a Ucrânia não ter confirmado o envolvimento das suas defesas aéreas na queda das aeronaves, Mykhailo Podolyak, um dos principais conselheiros do Presidente ucraniano, afirmou, numa publicação no Twitter, que os aviões russos tinham como objetivo lançar um ataque com mísseis e bombas contra a população civil na região ucraniana de Chernihiv mas foram “destruídos por pessoas não identificadas”, o que considerou ser “karma instantâneo”. “Os ‘assassinos nas asas’ foram destruídos antes do próximo crime ser cometido”, escreveu.

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Também Yuriy Ihnat, porta-voz da força aérea ucraniana, adiantou que os aviões russos “tiveram alguns problemas”. “Queriam bombardear os nossos civis, o nosso povo pacífico”, prosseguiu, citado na CNN, considerando ter sido um “dia negro” para a aviação russa.

Se confirmada, esta será uma situação sem precedentes, refere a agência Reuters: até à data não há registo da queda de várias aeronaves em território russo ao mesmo tempo. Segundo a CNN, um canal não oficial do Telegram descreveu o incidente como “o pior dia para a aviação militar russa desde março do ano passado”.

O jornal Kommersant não forneceu provas de que as quatro aeronaves foram de facto abatidas. No entanto, a agência de notícias russa TASS avançou que no sábado um avião de combate russo Su-34 se despenhou na região de ​Bryansk, sem especificar as causas. No mesmo dia, noticiou ainda a queda de um helicóptero Mi-8 na cidade de Klintsy, devido a um incêndio no motor, informação depois confirmada pelo governador da região que adiantou que o acidente fez um ferido. A TASS não faz referência ao Su-35 nem ao segundo helicóptero russo.

Nas redes sociais têm sido partilhados vários vídeos que podem comprovar a queda das aeronaves. No canal pró-russo Voyenniy Osvedomitel, no Telegram, foi publicado um vídeo que mostra uma explosão de um helicóptero no céu. Nos comentários, os utilizadores afirmam tratar-se de um Mi-8 a ser abatido por um míssil. Outras imagens publicadas no mesmo canal, e em blogues militares, mostram imagens de aviões a cair e destroços espalhados.

De acordo com a CNN, Andrei Medvedev, deputado do conselho municipal de Moscovo, disse no sábado que tinham perdido quatro aeronaves, acrescentando: “Lugansk ontem [uma referência aos ataques com mísseis], um ataque à nossa força aérea hoje. A sondar as defesas. Onde é que elas quebram. E ataques na retaguarda, infraestrutura e aviação.”

Também Danill Bezsnov, um bloquista militar russo, afirmou que o incidente terá sido “uma emboscada” da Ucrânia e das suas forças de defesa aérea: “Movimentaram-se para a zona fronteiriça com antecedência, de onde a distância permitiria que o nosso grupo aéreo fosse atingido”. “Portanto, o inimigo, muito provavelmente, conhecia a rota e a hora da partida da nossa esquadra”, afirmou, citado na CNN.

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Segundo a estação televisiva norte-americana, os analistas militares acreditam que a Ucrânia pode ter movimentado as suas defesas aéreas para a fronteira com o objetivo de combater a utilização russa de bombas que podem atuar como mísseis.