O antigo presidente da Câmara de Nova Iorque e advogado do ex-Presidente norte-americano Donald Trump, Rudy Giuliani, está a ser processado por assédio sexual. O processo foi movido por uma ex-funcionária, que exige dez milhões de dólares (sensivelmente o mesmo em euros) de indemnização.

De acordo com o The Guardian, a ex-secretária, Noelle Dunphy, acusa Giuliani de “abuso de poder, vários tipos de abuso sexual e assédio, roubo de salários e outro tipo de mau comportamento“, como “discursos irados e regados a álcool que incluíam afirmações sexistas, racistas e antissemitas”.

Giuliani negou “veementemente” as acusações através de um porta-voz.

Dunphy foi contratada por Giuliani em 2019, quando este trabalhava como advogado do à altura Presidente dos Estados Unidos. Segundo a ex-funcionária, o comportamento sexual inapropriado do patrão começou de imediato, exigindo-lhe que trabalhasse “nua, de biquíni ou com uns pequenos calções com a bandeira norte-americana que ele comprou para ela”.

Segundo a acusação, o advogado ter-se-á masturbado em conversas por vídeo à distância com a funcionária e obrigado a mulher a fazer-lhe sexo oral. No processo, Dunphy diz que Giuliani “exigia frequentemente sexo oral enquanto tinha chamadas telefónicas em alta-voz com amigos e clientes de relevo, incluindo o Presidente Trump”. Diz também que o advogado dizia apreciar este comportamento porque o fazia sentir-se “como Bill Clinton” — o ex-Presidente envolvido num escândalo sexual com uma estagiária da Casa Branca, Monica Lewinsky, na década de 1990.

Para além do alegado abuso sexual, durante o tempo em que Dunphy trabalhou com Giuliani terá assistido a uma série de comportamentos profissionais inapropriados. Segundo a ex-funcionária, o advogado disse-lhe que estava a vender perdões presidenciais em nome de Trump por dois milhões de dólares cada. Disse também que podia cometer crimes porque gozava de “imunidade”. E terá colocado a própria secretária a gerir emails privados, que incluíam contactos com o próprio Presidente e a sua família, bem como “candidatos presidenciais ucranianos e o Presidente turco Recep Tayyip Erdoğan”.

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