O PSD/Madeira ratificou este sábado, por unanimidade, o acordo de coligação com o CDS-PP para as eleições legislativas regionais deste ano e reiterou a sua luta contra a esquerda, que acusou de nada ter a acrescentar à região.

A nossa ideia é garantir, no quadro parlamentar, governativo e também no quadro autárquico, a estabilidade necessária para continuarmos a governar a região com maioria e é nessa medida que queremos ganhar com maioria absoluta”, disse o líder social-democrata madeirense, Miguel Albuquerque.

Albuquerque falava no âmbito da reunião do Conselho Regional do PSD/Madeira, que decorreu na Ribeira Brava, zona oeste da ilha, na qual foi confirmada a coligação com o CDS-PP nas eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira que se vão realizar no final de setembro ou princípio de outubro.

O presidente do PSD/Madeira, que é também chefe do executivo regional de coligação com o CDS-PP, afirmou, por outro lado, que o PS, maior partido da oposição madeirense, se encontra num “processo de decomposição prévia”, devido à sua “fraca liderança”, e tem tido “enorme dificuldade em apresentar projetos credíveis e alternativos”.

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Por isso, o Conselho Regional do partido ratificou a coligação com os centristas nas próximas eleições, sendo que o primeiro acordo foi estabelecido em 2019, quando os sociais-democratas perderam pela primeira vez a maioria absoluta com que governaram a região autónoma desde 1976.

Na reunião deste sábado, o PSD/Madeira considerou, por outro lado, que o Governo da República (PS) deve “avançar urgentemente” com o dossiê da revisão dos limites do vento no Aeroporto Internacional da região, que condicionam com frequência as operações de voo.

Os social-democratas lembram que os limites são mandatórios, embora tenham sido definidos em 1964, pelo que se encontram “totalmente desajustados à luz dos avanços científicos e tecnológicos entretanto verificados”.

Ainda em relação ao Governo chefiado pelo socialista António Costa, o PSD/Madeira “lamenta e repudia” a “postura discriminatória” do programa Regressar, que, após quatro revisões, continua a não prever ajudas aos emigrantes que regressaram à região.

Os sociais-democratas madeirenses criticam também o facto de o auxílio estatal na área da agricultura só se aplicar no território continental, deixando de fora os agricultores da Madeira e dos Açores.