O ministro da Defesa israelita adiantou esta segunda-feira que o novo governo de Israel duplicou o número de ataques contra alvos iranianos na Síria desde que assumiu o poder no ano passado.

Yoav Gallant não forneceu um número exato de ataques aéreos, mas fez uma rara declaração pública sobre a atividade militar israelita na Síria: “Desde que assumi o cargo, o número de ataques israelitas contra os iranianos na Síria duplicou”, realçou Gallant.

Três ‘rockets’ disparados da Síria para Israel

“Como parte desta campanha, estamos a trabalhar metodicamente para atacar as capacidades de inteligência iranianas na Síria. Estes ataques infligem danos significativos às tentativas da Guarda Revolucionária de estabelecer uma posição a poucos quilómetros da fronteira israelita”, analisou ainda, citado pela agência Associated Press (AP).

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Gallant também acusou o Irão de converter navios civis em navios militares armados com armas como drones, mísseis e recursos de recolha de informações. De acordo com o ministro da Defesa israelita, o Irão pretende destacar estes navios a longas distâncias do seu território.

“O Irão pretende expandir o seu alcance para o Oceano Índico, o Mar Vermelho e até as margens do Mediterrâneo”, alertou.

“Este é um plano estruturado projetado para ameaçar as rotas comerciais e aéreas – militares e civis – e criar uma ameaça permanente no panorama marítimo”, acrescentou. Israel considera o Irão seu maior inimigo, citando os seus apelos pela destruição de Israel e o seu apoio a grupos militantes anti-Israel em toda a região.

Presidente palestiniano exige que a ONU “suspenda” Israel

O Estado judeu também acusa o Irão de tentar desenvolver uma bomba nuclear, uma acusação que Teerão nega. Autoridades israelitas reconheceram a realização de centenas de ataques contra alvos iranianos na vizinha Síria, para onde o Irão enviou conselheiros e forças para ajudar o Presidente Bashar Assad numa guerra civil de 12 anos.

No entanto, Israel tem fornecido poucos detalhes ao longo dos anos e quase nunca fez comentários sobre operações específicas. O governo de coligação de Israel, o mais à direita desde a fundação do Estado judaico em 1948, assumiu o poder em dezembro.