O Governo apresentou uma proposta ao sindicato dos trabalhadores das administrações portuárias, que mantém a greve, com início agendado para quinta-feira, até avaliar a posição da tutela, que disse estar “um pouco aquém”.

“Houve um desenvolvimento nas últimas horas. Uma proposta que vem do lado das tutelas e nós ainda temos que ponderar se, realmente, é aceitável ou não. Ainda vamos ponderar se desconvocamos a greve ou não“, avançou o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias (SNTAP), Serafim Gomes, em declarações à Lusa.

Para quarta-feira de manha estão agendados plenários em Leixões, no Porto, e em Viana do Castelo.

O SNTAP convocou uma greve das 00h00 de quinta-feira até às 00h00 de sexta-feira. Segue-se uma paralisação no dia 30 de maio, a partir das 00h00 e até às 00h00 de 1 de junho. O pré-aviso de greve prevê ainda uma paragem das 00h00 às 00h00 dos dias 5, 9, 12, 16, 19, 23, 26 e 30 de junho.

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Sindicato das administrações dos portos avança com pré-aviso de greve para maio e junho

Apesar de não se comprometer com uma decisão, uma vez que “há várias variáveis em jogo”, Serafim Gomes adiantou que a proposta em causa fica “um pouco aquém das expectativas”.

A manter-se a paralisação, para a qual foram decretados serviços mínimos, o sindicato antecipa uma adesão elevada “para tornar a greve eficaz”. O principal motivo que levou os trabalhadores a avançarem para a greve foi a reivindicação de atualização da tabela salarial, cuja proposta foi apresentada em outubro.

“Ainda em dezembro do ano passado, com o [então] ministro [das Infraestruturas] Pedro Nuno Santos vimo-nos obrigados a avançar com uma greve. Depois, o ministro Pedro Nuno Santos saiu e entrou o ministro João Galamba e foi nessa altura, 9 de janeiro, que nós desconvocámos a greve e acertámos com o senhor ministro dar-lhe algum tempo, já que tinha acabado de tomar posse, para tentar encontrar uma solução para este problema. Inicialmente, foi um período de três meses e depois quatro e neste momento estamos a ponderar”, notou o presidente do SNTAP.

Galamba não evita novo pré-aviso de greve nas administrações portuárias

No pré-aviso de greve, os trabalhadores lamentam igualmente a “subsistência e arrastamento” de várias situações laborais por parte de algumas administrações portuárias, “em claro prejuízo para os trabalhadores e até para as próprias administrações”.