Primeiro foi Lionel Messi, que saiu para o PSG no verão de 2021. Depois foi Piqué, que em novembro do ano passado decidiu terminar a carreira. Seguiu-se Busquets, que no final da temporada vai deixar Camp Nou. E agora é Jordi Alba, que esta quarta-feira também confirmou que não vai continuar na Catalunha. Em menos de dois anos, o Barcelona vai ficar sem nenhuma das principais figuras, pilares e capitães das últimas duas décadas.

As notícias começaram a circular durante a manhã desta quarta-feira, com o jornal Sport a garantir que o lateral de 34 anos já tinha dito aos responsáveis blaugrana que não pretendia cumprir o contrato que o liga ao clube até junho de 2024 e queria sair já no próximo verão. A notícia adiantava que Jordi Alba tinha escolhido comunicar as suas intenções nesta altura para que pudesse despedir-se do Barcelona, de Camp Nou e dos adeptos no próximo domingo, contra o Maiorca, no último jogo que a equipa de Xavi vai disputar em casa até ao fim da temporada e naquela que será também a despedida de Busquets. Horas depois, as duas partes confirmaram este cenário nas redes sociais.

O internacional espanhol perdeu espaço para o jovem Alejandro Balde esta época, somando minutos em 29 encontros mas sendo quase sempre preterido na hora de escolher o titular para a esquerda da defesa. Nesse sentido, pretende dar um último suspiro à carreira e encontrar um destino onde ainda possa manter a competitividade e acumular minutos. Alba despede-se do Barcelona depois de 11 temporadas, seis campeonatos, uma Liga dos Campeões, um Mundial de Clubes, cinco Taças do Rei, uma Supertaça Europeia e quatro Supertaças espanholas — e é a nova cara de uma renovação óbvia que continua a acontecer nos catalães.

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Depois de a saída de Busquets já ter significado o fim definitivo do que ainda restava da era dourada de Guardiola em Camp Nou, a despedida de Jordi Alba confirma a debandada total das principais figuras do Barcelona ao longo das últimas duas décadas. Sergi Roberto é o único e grande sobrevivente, sendo formado em La Masia, estando na equipa principal desde 2010 e sendo vice-capitão — mas a influência e a importância que tem, tanto dentro do balneário como para a perceção pública, não pode ser comparada à de Messi, Piqué, Busquets ou Alba.

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A renovação do Barcelona, porém, continua a ter um “e se?”. Um gigantesco “e se?” chamado Lionel Messi, que Joan Laporta quer levar de volta para Camp Nou se a Liga aprovar o plano de viabilidade apresentado pelo clube que reduz os custos em 200 milhões de euros. E ironicamente, a saída de Jordi Alba que prossegue com a renovação blaugrana pode ajudar a revertê-la: o lateral era o mais bem pago do plantel desde a última renovação, estando até acima de Lewandowski na folha salarial, o que significa que o Barcelona fica agora com uma margem de manobra muito maior para cumprir com o fairplay financeiro que lhe é imposto.

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