O Novo Banco anunciou que realizou esta quarta-feira uma emissão de dívida subordinada de 500 milhões de euros, com maturidade a 1 de dezembro de 2023 e uma taxa de juro anual de 9,875%, segundo um comunicado ao mercado.

Na nota, publicada na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Novo Banco informou que “realizou hoje uma emissão de dívida subordinada” no valor “de 500 milhões de euros, com maturidade a 1 de dezembro de 2033 e opção de reembolso antecipado pelo Banco no final de cinco anos”.

Segundo a nota, “as obrigações têm preço de emissão de 100% e uma taxa de juro anual de 9,875% nos primeiros cinco anos, e mid-swaps a cinco anos acrescido de margem nos anos seguintes”.

O banco disse que “anunciou de manhã a intenção de emitir uma nova emissão de Tier 2 no montante de 400 milhões de euros”, sendo que a “transação gerou um forte interesse por parte do mercado, com a procura a superar três vezes o montante esperado da emissão”.

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Segundo a entidade, “a receção positiva de mercado permitiu” uma revisão do “preço final em 0,375% e aumentar o montante de emissão para 500 milhões de euros”.

O Novo Banco disse ainda que “a nova emissão, que deverá substituir a emissão atual de Tier 2, efetuada em julho de 2018, tem um spread de crédito inferior em 150bps [pontos base] versus a emissão anterior, e é uma evidência da trajetória de sucesso nos últimos anos”, sendo que “esta transação é positiva em termos de MREL [requisitos de fundos próprios e de passivos elegíveis] e capital”.

Esta emissão foi colocada “junto de investidores institucionais internacionais na sequência do roadshow nos dias 22 e 23 de maio, no qual o novobanco [Novo Banco] realizou reuniões com mais de 50 investidores”, indicou.

Segundo o banco, “a alocação final incluiu investidores do Reino Unido (26%), França (21%), Suécia (10%), Estados Unidos (10%), Espanha (5%), Alemanha (5%), com as gestoras de ativos a representar mais de 78%”, acrescentando que “a liquidação ocorrerá a 1 de junho de 2023”.

“BofA Securities, Citigroup, Crédit Agricole CIB, Credit Suisse, J.P. Morgan and Société Générale atuaram como ‘Joint Lead Managers’ e ‘Joint Bookrunners'”, concluiu.