O Presidente são-tomense apelou esta quinta-feira à união e paz entre os países africanos, lamentando que o continente ainda tenha conflitos armados que levam a degradações das condições da população.

“Apelar à paz para todos e união. Precisamos muito de união, talvez seja um dos grandes problemas que temos entre os países africanos. Não conseguimos, quer a nível das sub-regiões, a nível regional, a nível continental ter uma voz”, disse Carlos Vila Nova, por ocasião do Dia de África, que esta quinta-feira se assinala.

Carlos Vila Nova considerou que o Dia de África deve servir para refletir e rever as coisas menos boas que foram feitas e perspetivar o futuro visando a “independência real” dos países do continente, “que é conhecido por foco de instabilidade”, questões com a vizinhança entre países, “pirataria marítima, porque muitos dos países do continente ou a grande maioria é banhada por mar”, e “as mudanças climáticas”.

“Não creio que os problemas sejam todos iguais, mas grande parte deles são comuns, e é uma ocasião para cada um dos países olharem para este aspeto e depois ver em que medida nós podemos partilhar e trazer as nossas experiências para os outros, e juntos irmos resolvendo os problemas”, referiu Carlos Vila Nova.

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O chefe do Estado são-tomense afirmou-se preocupado que em pleno século XXI ainda continue a existir “conflitos armados, deslocamento de populações, degradação das condições de vida” em África, quando os países deveriam preocupar-se “com o combate à pobreza, conhecer e agir melhor quanto às alterações climáticas”.

Neste sentido defendeu que é preciso “olhar para a frente e ultrapassar essas questões”, para “resolver os conflitos e perspetivar o futuro, considerando que as alterações climáticas ganham cada vez mais relevo”, e devem ser “o denominador comum” para resolver os outros problemas.

São Tomé e Príncipe assumiu na semana passada a presidência do Comité Consultivo Permanente das Nações Unidas para Segurança na África Central (UNSAC, em inglês) para um mandato de seis meses.