A agência de notação financeira Moody’s melhorou esta sexta-feira a avaliação de vários bancos portugueses, após ter alterado, há uma semana, a perspetiva do rating de Portugal de estável para positiva.

“Consequentemente, a Moody’s alterou o perfil macro de Portugal de “moderado+” para “forte-” para reflectir, em primeiro lugar, a melhoria do ambiente operacional dos bancos portugueses impulsionado pela força económica do país e, em segundo lugar, pelas condições de financiamento mais saudáveis dos bancos”, indica em comunicado a agência de notação financeira.

Segundo a nota, as ações desta sexta-feira tiveram em conta “um perfil macro mais forte, bem como o progresso contínuo no desempenho e nos fundamentos financeiros de vários bancos”.

A Moody’s melhorou o rating dos depósitos de longo prazo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) de “Baa2” para “Baa1” e manteve a notação para a dívida sénior não garantida no nível “Baa2”.

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No caso do BCP, foram mantidos os ratings dos depósitos de longo prazo em “Baa2” e da dívida sénior não garantida em “Baa3”. Para o Santander Totta e BPI, a Moody’s melhorou a classificação para a dívida sénior não garantida, de “Baa2” para “Baa1”, mantendo os ratings dos depósitos de longo prazo em “A3”. A agência manteve ainda o rating do Novobanco dos depósitos de longo prazo em “Ba1”. A Caixa Geral de Crédito Agrícola Mútuo viu melhorados os ratings de depósitos de longo prazo de “Baa3” para “Baa2” e de dívida sénior sem garantia de “Ba2” para “Ba1”. Por sua vez, os ratings do Banco Montepio subiram de “Ba3” para “Ba2”.

“A perspetiva positiva dos ratings de depósitos de longo prazo e dívida sénior não garantida da CGD, BCP, Novo Banco e Banco Montepio (quando aplicável) reflete a expetativa da Moody’s de que as melhorias nos perfis de crédito dos bancos serão sustentadas nos próximos 12 a 18 meses”, afirma a agência.

No entanto, a Moody’s antecipa “um aumento moderado nos empréstimos problemáticos face ao atual ambiente operacional instável e às pressões inflacionárias sobre o poder de compra das famílias”.

Porém, a agência de notação financeira acrescenta que “é improvável que tal deterioração enfraqueça significativamente os perfis de crédito desses bancos, sustentando a perspetiva positiva”.