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A Polícia de Segurança Pública (PSP) rejeitou quaisquer responsabilidades sobre a presença de roulotes de venda de comida e bebida no Marquês de Pombal durante os festejos da conquista do Campeonato Nacional de futebol pelo Benfica. De acordo com o diretor nacional da PSP, quem tem de responder pela polémica, instalada depois de ter sido decretado o fecho do comércio local a partir das 16h00 de sábado, são as “autoridades administrativas competentes” — no caso, a Junta de Freguesia de Santo António.

Esta segunda-feira, à margem da uma visita à sede da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) — onde anunciou a mobilização de mais de 10 mil elementos da PSP para a segurança e policiamento daquele evento -, Manuel Magina da Silva foi questionado acerca da presença das roulotes no Marquês e das críticas feitas dos comerciantes que dizem ter sido lesados em milhares de euros em virtude do sucedido. No entanto, o diretor da PSP entendeu não ser a ele que tais questões devam ser feitas.

A autorização da venda de álcool e o encerramento dos estabelecimentos não é uma competência da Polícia de Segurança Pública. A Polícia de Segurança Pública dá o seu parecer às autoridades administrativas competentes”, afirmou, acrescentando que “a PSP limita-se a fiscalizar se os diversos [neste caso, as roulotes] têm licença para exercer a atividade que estavam a exercer”.

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Roulotes de comida e bebida no recinto previsto para a festa do Benfica indignam comerciantes obrigados a fechar

Certo é que, além das críticas motivadas pelo encerramento forçado, os comerciantes locais expressaram também o seu descontentamento com a atuação das autoridades. Um comerciante local ouvido no sábado pela Rádio Observador acusou a PSP de “fazer tudo em cima do joelho”, acrescentando ainda que só dois dias antes é que foi informado de que teria de fechar. “Estamos aqui todos os dias e estão a dar lucro a outras pessoas”, lamentou.

Além da questão das roulotes, Magina da Silva foi também questionado sobre o porquê da comunicação social (com exceção do canal do Benfica, a BTV) terem sido impedidas de aceder ao recinto onde decorreu a festa. Também aqui, o diretor nacional da PSP remeteu as dúvidas para terceiros. “O promotor é o Sport Lisboa e Benfica, e a autoridade administrativa competente para licenciar o evento que aconteceu é a Câmara Municipal de Lisboa. Nós demos os nossos pareceres relacionados com a segurança. Mas isso terá de perguntar ao Benfica, não à PSP”

Equiparando o que aconteceu no sábado com um “evento desportivo”, o responsável do corpo de segurança sublinhou que o promotor — ou seja, o clube — é que toma decisões relativas aos acessos da imprensa, tal como acontece, por exemplo, durante um jogo. “Basicamente, o Marquês de Pombal é um evento desportivo como se fosse num estádio, e foi assim que o tratámos”, afirmou Magina da Silva.

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