Um “tratado filosófico-espiritual” sobre a criatividade é como é descrito pelo jornal espanhol ABC o novo livro do produtor musical Rick Rubin. Dividido em 78 capítulos curtos, “The Creative Act: A Way of Being” vem ensinar a utilizar a criatividade ao serviço da arte.

Um dos maiores produtores musicais do seu tempo, Rubin é considerado o guru das grandes estrelas. Ao longo de quatro décadas produziu álbuns e canções para mais de 120 artistas, entre eles Paul McCartney, Eminem, Red Hot Chili Peppers, Metallica e muitos outros.

Aos 60 anos afirma agora que “the source” (a fonte, em português) para a criatividade existe em todas as pessoas, em todas as coisas, e no cosmos que nos rodeia. “Todos nós somos artistas. O ser humano é incapaz de não criar arte”, afirma, citado no ABC.

Esse é o grande mote do “The Creative Act: A Way of Being”. Apesar de ser um livro de autoajuda com a estrutura habitual — onde são abordados temas como a atenção, a harmonia com a natureza, a importância de ouvir o outro e a confiança em si mesmo —, a obra de Rubin apresenta conselhos dados do próprio escritos com a ajuda do escritor Neil Strauss.

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Numa mistura de encorajamento, inspiração, dicas e princípios, o produtor apresenta aos leitores a arte enquanto a “forma suprema de auto-realização”. Citado no Los Angeles Times, Rubin defende: “A razão pela qual estamos vivos é para nos expressarmos no mundo, e criar arte pode ser o método mais eficaz e belo de o fazer.”

No entanto, ao longo dos capítulos não são mencionados nomes, nem histórias de artistas. Segundo o produtor, a sua decisão não fez sentido para os editores: “um tipo sabe um monte de histórias sobre os maiores mitos da cultura pop e recusa-se a contá-las? Uma loucura”, adianta o ABC.

Apesar da sua longa carreira de sucesso, Rubin não toca nenhum instrumento musical, nem é especialista em tecnologias de gravação. Segundo o ABC, a chave para o seu sucesso é conhecer os seus gostos e estabelecer uma ligação com os artistas.