Xi Jinping está preocupado com a segurança da China e apelou para que os mais altos responsáveis da defesa do país estejam preparados para lidar “com os piores e mais extremos cenários”. O alerta foi deixado na reunião da Comissão de Segurança Nacional do Comité Central do Partido Comunista Chinês, esta terça-feira, e noticiada pela agência estatal Xinhua.

Aos olhos do Presidente chinês as circunstâncias são “complicadas e desafiadoras”, pelo que optou por consciencializar as forças de segurança sobre o tema, para que haja “plena consciência” da situação.

“A complexidade e a dificuldade das questões de segurança nacional que enfrentamos atualmente aumentaram significativamente”, revelou, defendendo que a conjuntura obriga a China a lidar com  “ventos fortes, águas agitadas e até mesmo tempestades perigosas” e a estar preparada para mudanças.

A prioridade de Xi Jinping é que o país consiga ser mais eficaz no “combate real e utilização prática” das infraestruturas que tem, de modo a permitir uma modernização do sistema de segurança nacional e das capacidades do mesmo.

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O alerta surge num momento em que a China tem vindo a sofrer pressões para se demarcar da Rússia devido à invasão da Ucrânia e por ter demonstrado exatamente o contrário — desde que a guerra começou fez questão de mostrar que está a investir numa relação estreita com Vladimir Putin.

Putin e Xi Jinping, amigos “sem limites”, encontram-se na segunda-feira para debater “cooperação russo-chinesa na arena internacional”

No mês de março, Xi Jinping foi mesmo numa visita oficial à e Vladimir Putin descreveu o encontro “histórico” e capaz de “reafirmar a natureza especial da parceria Rússia-China”.

“Não temos dúvidas de que (a China) dará um novo impulso à nossa cooperação bilateral. É também uma ótima oportunidade para me encontrar com o meu bom e velho amigo”, escreveu Putin num artigo de opinião, publicado pelo jornal chinês People’s Daily, na altura da visita.

E acrescentou: “Congratulamo-nos com a prontidão da China para dar uma contribuição significativa para a solução da crise. Tal como os nossos parceiros da China, defendemos o total cumprimento da Carta da ONU, o respeito às normas do direito internacional, incluindo o direito humanitário.”