O primeiro-ministro diz que o papel do seu secretário de Estado Adjunto na intervenção do SIS no caso da recuperação do computador das Infraestruturas foi “nenhum “. “Não percebo porque querem fazer um mistério de uma coisa que não tem mistérios”, declarou António Costa a partir da Moldávia, voltando a deixar a mesma dúvida no ar sobre o telefonema que o ministro João Galamba diz ter feito a António Mendonça Mendes.

Para o primeiro-ministro, “já toda a gente sabe da história”, pelo que não acrescenta muito mais além do que consta nas respostas às perguntas do PSD sobre esse contacto específico e restante ação das secretas. O PSD queixou-se, ao início da tarde, de não ter recebido as respostas oficialmente, com Luís Montenegro a acusar Costa de ter  um estilo “provocatório”. Sobre isso, Costa diz agora que “falta de respeito era não ter respondido às perguntas”. “Respondi pela mesma via que recebi perguntas. Recebi pela comunicação social e enviei pela comunicação social.”

Sobre o caso concreto das secretas mantém a legalidade da ação e do reporte pela chefe de gabinete de João Galamba. E, a partir da Moldávia (onde está para a II Cimeira da Comunidade Política Europeia), diz ainda estar “surpreendido” com “a forma como em Portugal de repente se desvaloriza a quebra de segurança de documentos classificados”. Exemplificou até com o que se passou nos EUA, “com o ex-Presidente e o Presidente a serem objeto de investigação porque tinham documentos classificados em casas de férias”.

“Queria saber o que diria a oposição se eu tivesse perdido documentos classificados. Convém preservar as instituições e ter o mínimo de sentido de Estado”, atirou ainda Costa que diz ter aberto exceção para falar no estrangeiro de política externa.

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