O Presidente finlandês agradeceu esta quinta-feira ao seu homólogo brasileiro, Lula da Silva, as suas ambições de procurar a paz na guerra da Ucrânia, mas disse que para tal acontecer terá de ser Kiev a aceitar os termos.

“A paz é a coisa mais importante” e “toda a tentativa pela paz é muito valiosa”, mas “no momento não está à vista”, disse, em conferência de imprensa, em Brasília, no Palácio Itamaraty, Sauli Niinistö.

Ainda assim, frisou que a Ucrânia foi “atacada ilegalmente” pela Rússia e que as negociações para a paz terão de resultar numa “paz que a Ucrânia tem de aceitar”.

Por outro lado, Luiz Inácio Lula da Silva, que tem tido declarações contrárias relativamente às responsabilidades da guerra, afirmou ter ouvido “com muito interesse as considerações do Presidente Niinisto sobre a guerra entre a Ucrânia e a Rússia, país este com o qual a Finlândia partilha mais de mil e trezentos quilómetros de fronteira”.

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“Reiterei a posição do Brasil de defesa da integridade territorial da Ucrânia e de condenação da invasão. Afirmei também nossa convicção sobre a necessidade de criar espaços de diálogo, que contribuam para a busca de solução pacífica para o conflito”, acrescentou.

Questionado sobre a recente entrada do país na NATO e sobre as causas que levaram a essa entrada, o Presidente finlandês explicou que antes do início da invasão da Rússia apenas 25% da população era a favor da entrada do país na organização transatlântica. Esse número mais que duplicou após a invasão, com o receio que tal pudesse acontecer também no seu país.

“A mentalidade do finlandês mudou muito com essa invasão”, disse.