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Volodymyr Zelensky focou o seu habitual discurso noturno no tema do acordo dos cereais do Mar Negro. A iniciativa foi recentemente prolongada por mais dois meses, mas já começam a surgir novos indícios de que pode estar em risco, com a Rússia a dizer que não o voltará a viabilizar se as suas exigências forem ignoradas.

Esta quarta-feira, o Presidente ucraniano fez questão de lembrar o papel que os cereais ucranianos desempenham na alimentação global. “O mundo sabe o papel fundamental das nossas exportações marítimas de cereais para a segurança alimentar”.

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Zelensky denunciou um caso em concreto: o do porto de Pivdenny, em Odessa, que, apesar de ser um dos três abrangidos pela iniciativa, “está bloqueado” pela Rússia. De acordo com o chefe de Estado ucraniano, mais de 1,5 milhões de toneladas de produtos agrícolas estão retidos neste porto, tendo como destino países como a Turquia, o Egipto, o Bangladesh ou a China.

O bloqueio de um porto na Ucrânia cria riscos severos para vários países – em particular, países com cujas relações a Rússia também está a tentar especular”, disse, numa aparente alusão à relação diplomática entre Moscovo e Pequim.

Neste âmbito, Zelensky destacou a sua visita a Odessa, onde se encontrou com vários responsáveis ucranianos sobre a segurança da infraestrutura de portos do país. “Todos os países marítimos do mundo vêm agora as ameaças aos seus portos e áreas marítimas se for permitido à Rússia bloquear a navegação no Mar Negro”.

O líder ucraniano fez ainda questão de agradecer aos EUA pelo continuado apoio militar à Ucrânia durante o conflito, que esta quarta-feira foi reforçada sob a forma de mais um pacote de ajuda militar. Em particular, Zelensky elencou o armamento do qual Kiev necessita para expulsar a Rússia – incluindo mísseis para o sistema Patrior e rockets para os HIMARS – e que estão neste momento a caminho.

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