O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, no poder há 20 anos, foi este sábado empossado no parlamento para um terceiro mandato de cinco anos, prometendo assumir o cargo com “imparcialidade”.

O chefe de Estado turco, de 69 anos, foi reeleito no dia 28 de maio com 52% dos votos, na segunda volta das presidenciais.

Erdogan deverá deslocar-se ao mausoléu do fundador da República, Mustafa Kemal Ataturk, antes das cerimónias protocolares no palácio presidencial e de um jantar à noite, após o qual será anunciada a composição do seu governo.

Oposição turca deixou escapar oportunidade histórica. Erdoğan ainda é o homem de ferro da Turquia

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“Na qualidade de presidente, juro proteger a existência e a independência do Estado, a integridade da pátria, a soberania incondicional da nação, o Estado de direito e o princípio de uma república laica”, como foi concebida por Ataturk, “o pai dos turcos”, declarou o presidente, conhecido pela defesa de posições islamo-conservadoras.

De acordo com a imprensa pró-governamental, cerca de 20 chefes de Estado e de governo confirmaram presença nas cerimónias, incluindo o primeiro-ministro arménio, Nikol Pachinian, apesar da tensão histórica entre os dois países.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, confirmou a sua presença, numa altura em que tenta que seja levantado o veto turco à entrada da Suécia na Aliança Atlântica, se possível antes da cimeira da organização em julho.

Ancara continua a acusar a Suécia de acolher refugiados curdos que considera “terroristas”.

Nas presidenciais realizadas no passado domingo, Erdogan, forçado pela primeira vez a disputar uma segunda volta, obteve 52,18% dos votos contra 47,82% do seu adversário, o social-democrata Kemal Kiliçdaroglu, segundo os resultados oficiais divulgados na quinta-feira.