O sindicato dos tripulantes de cabine diz que a adesão à greve na Easyjet este sábado de manhã está a rondar os 100%, salientando que os trabalhadores mantêm a convicção na justeza das reivindicações.

Em declarações à Lusa, Ricardo Penarroias, presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), afirmou que a adesão à greve “tem sido de 100%”, à semelhança dos outros dias, salientando que apenas estão a ser efetuados os voos que correspondem aos serviços mínimos.

Os tripulantes de cabine da easyJet cumprem este sábado o quinto e último dia de uma greve que teve início em 26 de maio e se prolongou por este mês, num total de cinco dias, acusando a transportadora de “precarização e discriminação” face aos outros países.

Ao longo desta paralisação, os níveis de adesão reportados pela empresa têm sido distintos e inferiores aos referidos pelos dirigentes sindicais nos dias de greve já cumpridos.

Ricardo Penarroias salientou que a empresa cancelou previamente 386 voos, aquando do pré-aviso de greve e dos serviços mínimos.

O mesmo dirigente sindical referiu também que este sábado há 80 voos cancelados: 12 em Faro, 40 em Lisboa e 26 no Porto, e precisou que os trabalhadores continuam “convictos” de que “as suas reivindicações são justas”, acentuando que cabe agora à empresa fazer propostas para evitar novas greves.

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No dia 11 de maio, em comunicado, SNPVAC disse que a easyJet continua a considerar os tripulantes das bases portuguesas “trabalhadores menores”, perpetuando a sua “precarização e discriminação relativamente aos colegas de outros países”.

A greve dos tripulantes de cabine da easyJet teve início em 26 de maio, tendo-se repetido nos dias 28 e 30 de maio e 1 e 3 de junho.

A paralisação abrange todos os voos realizados pela easyJet, bem como os “demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos”, cujas “horas de apresentação ocorram em território nacional com início às 00:01 e fim às 24:00 de cada um dos dias” mencionados, lê-se no pré-aviso de greve, divulgado pelo sindicato.

Quando a paralisação foi marcada, a easyJet disse ter ficado “extremamente desapontada” com a convocação da greve, considerando a proposta do sindicato de aumentos entre os 63% e os 103% “impraticável”, e anunciou que ia fazer alterações nos voos antes da greve, para mitigar o impacto nos clientes.