O antigo líder do PSD Luís Marques Mendes acredita que “o Orçamento para 2024 vai ser um orçamento expansivo” ou, “na linguagem mais política, eleitoralista“. No programa semanal de comentário na SIC, Marques Mendes antecipou que o Governo vai abrir os cordões à bolsa por duas razões: “Porque há folga financeira e porque o próximo ano é de eleições europeias“.

O antigo presidente do PSD diz que o Governo tem receio que as “eleições europeias sejam um terramoto” e que os portugueses mostrem um “cartão amarelo, muito amarelado” ao Executivo. O Governo, comenta Mendes, “tem também receio que na sequência das eleições europeias haja um ambiente de degradação que leve a eleições antecipadas“. Daí que, acredita o comentador político, o Governo vá “utilizar toda a folga financeira possível e imaginária”.

O antigo líder do PSD comentou ainda o fim da série de certificados de aforro com juros mais favoráveis, dizendo que “do ponto de vista da perceção pública a ideia que dá é que é uma cedência à banca” e que “não é bom para o Governo” passar uma “imagem de subserviência aos bancos”.

O comentador político criticou ainda a Procuradora-Geral da República por ter vindo a público justificar o atraso do processo Tutti Frutti com a falta de meios. “Falta ação, personalidade, firmeza” a Lucília Gago, refere Mendes. A propósito da reação a este caso, o antigo líder do PSD elogiou o atual presidente social-democrata, Luís Montenegro, que considera que “fez o que tinha de fazer” ao exigir um código de ética para autarcas e ter pedido uma investigação ao Conselho de Jurisdição Nacional do PSD.

Marques Mendes disse ainda que as últimas sondagens — que mostram que os portugueses querem Galamba fora do Governo, mas não querem eleições antecipadas — mostram que Marcelo Rebelo de Sousa tinha razão. Ao Presidente da República o comentador político e conselheiro de Estado pede que seja um mediador do conflito entre professores e Governo para que o ano letivo possa terminar com tranquiidade. “Tem especialíssima autoridade”, defende.

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