Mais uma corrida, mais uma pole-position. Max Verstappen foi o mais rápido da qualificação para o Grande Prémio de Espanha, na Catalunha, e deixou os perseguidores Carlos Sainz e Lando Norris para trás na penúltima tentativa possível. Penúltima tentativa porque abdicou da última, a segunda volta da Q3, numa atitude que só demonstra o domínio total da Red Bull no Mundial da Fórmula 1.

“ªA entrada para a Q3 sabia que existia algum potencial que ainda não tinha sido explorado. Levei o carro ao limite naquela volta e o carro correspondeu, foi muito rápido. A segunda volta teria sido ainda melhor. Acho que o engenheiro de corrida ficou um bocadinho entusiasmado e disse-me para abdicar. Foi mesmo só para poupar pneus, se calhar precisamos deles amanhã, não sei. Na garagem já me tinham dito que, se os outros pilotos não estivessem à minha frente, talvez não fosse necessário completar a volta. Foi isso que fizemos”, explicou o piloto neerlandês, deixando completamente claro que a Red Bull sabia que ninguém conseguiria contestar os tempos alcançados.

Max Verstappen conquista pole na Catalunha em qualificação que promete animar a liga dos últimos

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Com 20 graus na Catalunha, sol e a ameaça de chuva para a hora da corrida, Verstappen saía na liderança seguido de Sainz, Norris e Hamilton, com Stroll, Ocon, Hulkenberg e Alonso e encerrarem o top 8. Sergio Pérez arrancava de 11.º, enquanto que Charles Leclerc tinha sido eliminado logo na Q1 da qualificação e era 19.º na grelha de partida, antecipando desde logo um dia pouco feliz para a Ferrari.

O piloto da Red Bull segurou a liderança no arranque, com Hamilton a saltar para o terceiro lugar para ser desde logo apanhado por Alonso. Norris deu um pequeno toque no britânico da Mercedes e teve de trocar a frente do McLaren logo na primeira volta, caindo pela classificação e praticamente dando por perdida a possibilidade de chegar ao pódio. Mais atrás, Pérez ia recuperando posições, aproveitando também as paragens de vários pilotos (incluindo Sainz, que perdeu lugares ao trocar para pneus médios), e depressa chegou a quarto.

Verstappen fez uma paragem supersónica, de apenas 2.2 segundos, e manteve a liderança confortável — ao ponto de nem sequer aparecer nas imagens da transmissão televisiva, por dominar a corrida com mais de 35 segundos de vantagem. Os Mercedes iam confirmando o ritmo positivo demonstrado ao longo de todo o fim de semana e acabaram por assumir uma verdadeira candidatura a um duplo pódio, com Hamilton em 2.º e Russell em 3.º, e só Sainz e a prova de recuperação de Pérez podiam ameaçar essa possibilidade.

No fim, a estratégia de paragens da Mercedes deu mesmo resultado e Lewis Hamilton e George Russel carimbaram um duplo pódio para a equipa, com Max Verstappen a assegurar uma vitória que nunca esteve em causa e que se tornou o terceiro triunfo consecutivo do piloto neerlandês no Mundial de Fórmula 1 e o 40.º da carreira. Sergio Pérez terminou em quarto, perdendo ainda mais terreno para o colega de equipa na classificação geral, seguido de Carlos Sainz, Lance Stroll, Fernando Alonso e Esteban Ocon. Lando Norris, que arrancou em 3.º, cruzou a meta na 17.ª posição.