Já não parecia haver volta a dar. Depois de uma entrada a todo o gás no primeiro período do jogo 2 da final da NBA, o melhor que os Miami Heat conseguiram foi terminar o quarto inicial com três pontos de avanço. A seguir, os Denver Nuggets conseguiram meter o seu jogo. Com transições rápidas que acabavam em triplos, com a aposta no jogo interior de Nikola Jokic, a assumir mais e a passar menos do que no jogo 1. A história parecia escrita mas o quarto final acabou por mudar de novo o rumo do encontro, ao ponto de a soma de dois quartos desviar os favoritos de um trajeto que parecia estar a meio caminho de um histórico título.

O Joker que é tudo menos um vilão: Nikola Jokic faz história no primeiro jogo da final da NBA e dá vantagem aos Denver Nuggets

A lição da primeira partida estava aprendida e não foi por acaso que Kevin Love entrou no cinco inicial para dar o peso e a estatura que a equipa necessitava olhando para o jogo 1. E houve um outro dado importante com enorme preponderância: os 17 triplos marcados pelos Miami Heat, com uma percentagem de quase 50%. No entanto, aquilo que sobrou foi sobretudo o coração enorme de uma equipa que tinha deixado para trás Milwaukee Bucks, New York Knicks e Boston Celtics e que anulou agora o “fator casa” dos Denver Nuggets com um triunfo por três pontos (111-108) com um parcial de 36-25 nos últimos 12 minutos de jogo.

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“Tivemos muitas falhas de comunicação entre nós e mal-entendidos. Eles conseguiram criar lançamentos totalmente abertos, em especial no início da partida e em parte também no final do encontro. Cada um de nós precisa saber onde andar e o que fazer na defesa. Não jogámos da forma correta no último quarto, eles marcaram um 36 pontos nesse período. É demasiado”, lamentou Nikola Jokic, que voltou a ter uma exibição monstruosa com 41 pontos, 11 ressaltos e quatro assistências que de pouco ou nada valeu.

Do lado dos Miami Heat, que voltaram a ter em Erik Spoelstra um técnico a fazer a diferença nos momentos em que colocava na mesa os descontos de tempo (ou não tivesse ele dois anéis de campeão consecutivos há dez anos), Bam Adebayo (21 pontos e nove ressaltos) e Jimmy Butler (21 pontos e nove assistências) foram os melhores da equipa a par de Gabe Vincent, com 23 pontos e quatro triplos marcados em seis tentados entre um parcial de 29-12 no último período que terminou com Butler a apertar ao máximo Jamal Murray no lançamento que poderia levar tudo para prolongamento mas que bateu no aro e acabou por não entrar.