A greve parcial dos trabalhadores ferroviários da CP levou esta segunda-feira à supressão de 22 comboios dos 249 programados (8,8%) entre as 00h e as 8h, segundo dados enviados pela empresa à Lusa.

A CP — Comboios de Portugal indica que nos urbanos de Lisboa estavam programados 110 e foram suprimidos 18.

Nos urbanos do Porto, estavam previstos para aquele período 52, tendo sido suprimido um e nos comboios de longo curso realizaram-se nove, das 12 ligações previstas.

A CP alertou para perturbações entre as 00h desta segunda-feira e as 00h de 5 de julho devido a nova greve, desta vez parcial e com serviços mínimos, convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).

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De acordo com o pré-aviso de greve, entre as 00h desta segunda-feira e as 00h de dia 1 de junho, os trabalhadores ferroviários cuja sede de trabalho seja o Depósito da Revisão de Lisboa Rossio, o Depósito da Revisão de Lisboa Cais do Sodré e o Depósito da Revisão do Barreiro farão greve a partir da sétima hora de serviço (7h)/trabalho diário.

No entanto, sempre que a sétima hora de serviço numa circulação ocorra em trânsito, o trabalhador entra em greve na última passagem pela sua sede, mesmo que esta ocorra, antes de atingir a sétima hora de serviço.

A greve parcial abrange também (entre as 00h de dia 14 de junho e as 00h do dia 21 de junho) e no que diz respeito aos trabalhadores do Depósito de Revisão de Lisboa Rossio, do Depósito de Revisão do Cais do Sodré e o Depósito de Revisão do Barreiro todo o trabalho suplementar, incluindo o trabalho em dia de descanso.

Segundo o sindicato, até dia 5 de julho em períodos intercalados, os trabalhadores vão realizar greve à prestação de trabalho sempre que o seu período preveja um repouso fora da sede, mas apenas em algumas escalas de serviço de Lisboa, Porto e Barreiro.

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Entre as 00h desta segunda-feira e as 00h de 5 de julho, os inspetores chefe de serviço comercial chefe de equipa comercial, operador de venda e controlo, inspetor de Transportes, chefe de equipa de transportes quando solicitados por parte da empresa para o acompanhamento de comboios, efetuam greve a todo o seu período de trabalho.

Os trabalhadores ferroviários quando solicitados pela empresa para o acompanhamento de comboios, em substituição dos trabalhadores em greve, cumprem paralisação em todo o seu horário de trabalho, segundo o sindicato.

O SFRCI cumpriu, na passada quarta-feira uma greve de 24 horas que levou à supressão de centenas de comboios.

O sindicato contesta o que diz ser a “falta e equidade na CP” e teme que sejam colocados em causa os postos de trabalho. A operadora já veio garantir que isso não irá acontecer, tendo chegado a acordo com os restantes sindicatos.

Num acórdão publicado pelo Conselho Económico e Social (CES) ficaram fixados serviços mínimos apenas no caso dos “serviços necessários à segurança e manutenção do equipamento e das instalações, bem como os serviços de emergência que, em caso de força maior, reclamem a utilização dos meios disponibilizados pela CP”, assim como nos comboios de socorro e na garantia de que “todas as composições que tenham iniciado a sua marcha deverão ser conduzidas ao seu destino e ser devidamente estacionadas em condições de segurança da própria composição e da eventual circulação”.