As obras que estão a decorrer no Parque Tejo, na zona Oriental de Lisboa, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), estão “praticamente terminadas”, garantiu, esta terça-feira o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas.

“Até dia 9 de julho, o altar estará preparado. Até final de junho, a ponte pedonal estará pronta. No final de julho, serão feitos ensaios no terreiro do paço”, revelou Carlos Moedas, esta terça-feira num evento em Lisboa, em que foi revelado o programa detalhado da estada do Papa Francisco em Portugal, a propósito da JMJ.

Carlos Moedas fez ainda questão de sublinhar que “não há nenhuma obra, em nenhuma JMJ, com esta dimensão” e que a capital portuguesa será, durante alguns dias do mês de agosto, o “palco do mundo”.

“Agradeço às equipas, foi feito um trabalho com grande rapidez. Temos a missão de bem receber, de manter a cidade a funcionar. Os trabalhadores da CML estarão na linha da frente”, acrescentou, pedindo para que os jovens lisboetas se inscrevam como embaixadores e às famílias lisboetas que abram as suas casas para receber os peregrinos que venham participar na JMJ.

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“O ADN da JMJ é andar muito a pé”

Também presente no evento, que decorreu na Estufa Fria, esteve o bispo auxiliar de Lisboa. D. Américo Aguiar sublinhou que “Lisboa vai ter uma oportunidade única”: “A marca de Lisboa e Portugal será espalhada pelo mundo durante uma semana”.

Quanto à mobilidade, o responsável da Igreja referiu que haverá um título de transporte para os peregrinos e que a Igreja está a trabalhar para “encontrar soluções para os autocarros que vêm do estrangeiro”. Adiantou também que a Igreja está em contacto com as empresas de transporte para garantir uma maior capacidade de resposta na mobilidade durante os dias da JMJ. Ainda assim, D. Américo Aguiar lembrou que o “ADN da JMJ é andar muito a pé”.

O bispo auxiliar de Lisboa confirmou o número de inscritos, já anteriormente noticiado. “Temos mais de 600 mil jovens inscritos na primeira fase [ou seja, não finalizaram o processo de inscrição], que dizem querer participar. Comparando com o histórico, estamos acima das outras JMJ. Mais de 400 mil estão na segunda fase. Mais de 200 mil já pagaram [o número real de inscritos atualmente]. Estamos acima dos números do Panamá, Cracóvia e Rio de Janeiro”, detalhou.

Igreja vai gastar pelo menos 20 milhões de euros

No final, a estimativa é que, no final, se inscrevam entre 300 e 400 mil jovens. Mas o número total de pessoas que chegarão a Portugal por ocasião da JMJ será muito superior. “Sabemos que por cada inscrito participam mais dois ou três. Estamos a falar de cerca de um milhão de jovens participantes (entre inscritos, não inscritos e curiosos)”, revelou.

Em relação aos custos, serão gastos 20 milhões de euros pela Igreja Católica Portuguesa. Mas o valor pode subir consoante o número de jovens participantes, ressalvou D. Américo Aguiar.

O responsável prometeu ainda total transparência na parte financeira da JMJ. “Vão saber até ao cêntimo as nossas contas”. Há mais de 500 jornalistas inscritos de vários países, adiantou também o bispo auxiliar de Lisboa.