Moçambique registou mais de oito milhões de eleitores para as eleições autárquicas de 11 de outubro, anunciou esta terça-feira o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE).

“Findos 45 dias de recenseamento eleitoral […] temos uma realização global de 84,91%”, disse Regina Matsinhe, porta-voz do STAE, citada pela imprensa local.

Segundo a responsável, os dados preliminares indicam que foram inscritos no total 8.387.583 eleitores, dos cerca de 10 milhões previstos, num processo que decorreu entre 20 de abril e 3 de junho.

As províncias de Cabo Delgado, Gaza e Manica registaram o maior número de eleitores, indica o STAE, referindo que decorre, desde segunda-feira e até quinta-feira, o processo de verificação de dados nos postos eleitorais. “Caso o cidadão tenha detetado no seu cartão de eleitor uma falha nos seus dados pessoais, pode dirigir-se aos postos para poder solicitar a sua correção”, referiu Regina Matsinhe.

O recenseamento eleitoral em Moçambique foi marcado por queixas, denúncias de irregularidades por partidos da oposição e organizações não-governamentais moçambicanas, além da suspensão de alguns responsáveis por alegados crimes no processo.

Apesar das queixas dos partidos da oposição, Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e Movimento Democrático de Moçambique (MDM) – que tinham pedido mais dias de recenseamento -, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou no sábado que o total de eleitores recenseados são suficientes para a realização de eleições credíveis.

Nas autárquicas de 2018, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder desde a independência, venceu em 44 das 53 autarquias, a Renamo, principal partido da oposição, ganhou em oito e o MDM ficou na liderança de uma (cidade da Beira).

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