O chefe de Estado português associou o acordo de Defesa entre Portugal e a África do Sul assinado esta terça-feira em Pretória à situação de insegurança no norte de Moçambique, e dissociou-o da guerra na Ucrânia.

Marcelo Rebelo de Sousa falava no palácio presidencial, Union Buildings, em Pretória, em conferência de imprensa conjunta com o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, que o recebeu  durante a sua visita de Estado à África do Sul.

Marcelo Rebelo de Sousa é esta terça-feira recebido em Pretória pelo Presidente sul-africano

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Interrogado sobre o que motivou a assinatura de um acordo bilateral em matéria de Defesa, na atual conjuntura internacional, entre um país membro da NATO, Portugal, e a África do Sul, que se declara “não alinhada” em relação à guerra na Ucrânia, o chefe de Estado respondeu que “o mundo e o tempo não acabam” nesse conflito.

“Embora seja obviamente muito importante, é evidente que há outros cenários a exigir intervenção para a manutenção da paz ou para a construção da paz, e cenários nos quais estamos envolvidos já”, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa destacou o caso da “atual cooperação portuguesa com Moçambique no domínio de apoio à garantia da afirmação da plena integridade territorial, da soberania do Estado e da segurança atingida por ataques terroristas no norte de Moçambique”.

“A República da África do Sul tem desempenhado aí uma missão no quadro de uma iniciativa africana mais vasta”, referiu.

“Mas, para além disso, nós estamos preocupados com situações da manutenção da paz e da segurança em todos os continentes”, acrescentou.