Robert Hanssen, o antigo agente do FBI condenado a prisão perpétua por espiar para a KGB, foi encontrado morto esta segunda-feira, aos 79 anos, na prisão de segurança máxima ADX Florence, no Colorado, EUA.

O antigo espião foi encontrado inconsciente na sua cela por volta das 7h00. De acordo com o The New York Times, apesar dos esforços das equipas médicas, as tentativas de reanimação não tiveram sucesso. As causas da morte ainda não são conhecidas.

Hanssen foi preso em 2001 por espiar para a Rússia e para a União Soviética. Em julho de 2002, declarou-se culpado de 15 acusações de espionagem e, em troca, o governo dos EUA não lhe aplicou pena de morte: foi condenado a prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

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Considerado “o pior desastre de serviços secretos na história americana”, o agente do FBI viveu uma vida dupla durante 15 anos sob o pseudónimo “Ramon Garcia” ao trabalhar como um espião da KGB (serviços de espionagem soviético) antes e depois da Guerra Fria.

À União Soviética e à Rússia, vendeu milhares de documentos secretos dos EUA, onde estavam expostos detalhes sobre a estratégia norte-americana em caso de guerra nuclear, o desenvolvimento de tecnologia e outros aspetos dos serviços norte-americanos. Em troca, recebeu mais de 1,4 milhões de dólares (perto de milhão de euros) em dinheiro, fundos bancários e diamantes.

Devido à sua experiência e formação, Hanssen passou despercebido durante anos. Por ser agente do FBI, o espião tinha acesso autorizado a informações confidenciais. De acordo com o site do FBI, utilizou comunicações encriptadas, “dead drops” e outros métodos clandestinos para fornecer informações ao KGB e à sua agência sucessora, o SVR.