Um sismo de magnitude 4,9 esta terça-feira no oeste do Haiti causou a morte de quatro pessoas, pelo menos, e feriu outras 36, anunciou a Proteção Civil do país, após chuvas torrenciais este sábado com dezenas de mortos.

Três dos mortos no sismo desta terça-feira “são membros da mesma família e morreram devido ao desabamento da casa”, disse a responsável da Proteção Civil no departamento de Grand’Anse, Christine Monquélé, à AFP.

“Estamos tristes pela perda de vidas, pela destruição, bem como pelo sofrimento da população haitiana causada pelo terramoto”, comentou em Nova Iorque, nos Estados Unidos, Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres.

O sismo, de magnitude 4,9 segundo o Instituto Americano de Geofísica (USGS), ocorreu pouco depois das 05h00 (09h00 GMT) a uma profundidade de 10 quilómetros e a cerca de 9 quilómetros da costa, na península do sudoeste deste país caribenho regularmente atingido por terremotos.

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O sudoeste da península foi devastado em agosto de 2021 por um sismo de magnitude 7,2 que matou mais de 2.200 pessoas e causou a destruição de mais de 130.000 casas. O mau tempo também atingiu o país neste último fim de semana, provocando pelo menos 51 mortos, 18 desaparecidos e 140 feridos, segundo um novo relatório das autoridades haitianas citado esta terça-feira pela ONU.

“As Nações Unidas estão prontas para trabalhar com as autoridades haitianas e outros parceiros para ajudar a aliviar o sofrimento das pessoas necessitadas, seja relacionado ao sismo ou a outros desastres naturais, inundações e deslizamentos de terra nos últimos dias”, disse Stéphane Dujarric.

O Programa Mundial de Alimentos está a preparar-se para distribuir cerca de 350.000 refeições e outras ajudas alimentares “para os mais necessitados”, adiantou.

Mas “a insegurança e os danos nas estradas estão a dificultar as operações de ajuda”, disse, já que o país é atormentado por gangues.

Em 2010, um sismo de magnitude 7 matou mais de 200.000 pessoas no país, transformou a capital Porto Príncipe num campo de ruínas e colocou 1,5 milhão de pessoas nas ruas.