O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decretou, esta quarta-feira, apresentações semanais na esquadra da zona de residência do dirigente do núcleo do Norte do Chega, Nuno Pontes, acusado de posse de arma ilegal, avança o Jornal de Notícias.

Detido em flagrante delito pela Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária, que esta terça-feira encontrou em sua casa uma pistola de 6.35 milímetros e três dezenas de munições, Nuno Pontes está também proibido de contactar Pedro Coelho, jornalista da SIC que foi alvo de ameaças.

Nuno Pontes está acusado, tal como Luc Mombito, braço direito de André Ventura, de crimes de injúria agravada, ameaça agravada e atentado à liberdade de imprensa por ameaças realizadas àquele jornalista. A Polícia Judiciária realizou, esta terça-feira, buscas na casa dos dois elementos do Chega por conta daquelas suspeitas.

Os alegados crimes, confirmou o Observador, estão relacionados com ameaças feitas ao jornalista da SIC, a propósito da Grande Reportagem “A Grande Ilusão” sobre a extrema direita e o Chega. A queixa partiu do International Press Institute (IPI), uma instituição que tem, entre as suas missões, zelar pela segurança dos jornalistas.

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Conselheiro pessoal de Ventura alvo de buscas por ameaças a jornalista. Membro do Chega detido por posse de arma

Questionado pelos jornalistas sobre este caso, André Ventura disse que vai aguardar pela conclusão da investigação a alegadas ameaças feitas por dirigentes do partido a um jornalista e esperar “a mesma ação” das autoridades em relação às ameaças que recebe “diariamente”.