Ronaldo em Madrid, centenas de pessoas a interromper qualquer hipótese de trânsito à volta, uma autêntica loucura na Gran Via em frente ao hotel Pestana CR7. Até mesmo de férias o avançado português continua a fazer aquilo que foi fazendo de forma natural desde 2009, quando trocou o Manchester United pelo Real, e nem mesmo as passagens por Juventus, de novo United e agora Al Nassr alteraram a autêntica legião de fãs que continua a ter (e deixar) por onde passa. Esta quarta-feira, foi isso que voltou a acontecer, mesmo tendo em conta que o contrato que estava em causa não dizia respeito a um clube mas sim… a uma água.

Aproveitando os dias de descanso que tem até juntar-se à concentração da Seleção para os encontros frente a Bósnia e Islândia, Ronaldo apresentou na capital espanhola mais um projeto empresarial, neste caso uma nova marca de “água alcalina mineral natural e antioxidante” com o nome de Ursu 9. “Os espanhóis não se podem queixar, afinal invisto muito aqui: hotéis, restaurantes, implantes capilares, água…”, atirou durante a apresentação o avançado, que explicou também o porquê desta nova aposta num ramo tão diferente.

“Houve uma sintonia grande com gente séria. As coisas ligadas à qualidade de vida e à saúde sempre me despertaram um grande interesse. Queria entrar em algum negócio que estivesse relacionado com a saúde e apareceu este da água. Vamos lutar e vamos à guerra como sempre. Às vezes juntas-te com as tuas pessoas de confiança e preparas uma estratégia: sentamo-nos, discutimos prós e contras. A aposta nas clínicas dos implantes capilares é porque há muita gente a quem isso afeta a autoestima. Interessa-me tudo o que tenha a ver com a saúde. Sei que o futebol vai acabar daqui a uns anos, dois ou três no máximo, e por isso tenho de pensar no meu futuro, sendo que este é um ramo que gosto muito”, explicou na apresentação.

Ser dono também de um clube? Não descarto essa hipótese. É algo em que pensei há alguns anos e gostava de ter um clube, de ser dono de um clube. Sempre fui uma pessoa muito determinada e muito profissional. A saúde não é tudo mas o tudo também não é nada sem saúde. Já estou no fim da minha carreira”, assumiu Cristiano Ronaldo durante o evento.

Em paralelo, Ronaldo falou também de um ponto em específico sobre futebol, neste caso a Arábia Saudita e a chegada de outros nomes grandes à Liga como Benzema ou Kanté, reforços do campeão Al-Ittihad de Nuno Espírito Santo. “Sabia que, ao ir para a Arábia Saudita, ia abrir a caixa. Não me enganei. O Karim [Benzema] foi para lá mas tenho a certeza de que muitos mais irão. Dentro de dois ou três anos, vai ser um dos campeonatos mais importantes do mundo. Que venham todos os craques para a Arábia Saudita, que lá não há problemas com o Campeonato. O que queremos é concorrência. Quando há competência, o mercado é que sai beneficiado”, destacou o português na apresentação, citado pelo jornal As.

“O que quero fazer depois do futebol? Muitas coisas. Quero continuar a gerir a minha área de negócios. Mas quero fazer algo relacionado com o futebol. Tenho duas ou três coisas na cabeça, mas prefiro não dizer agora”, tinha dito antes à Binance, uma plataforma com quem também trabalha. “Como lidar com as falhas? Ninguém é perfeito. Todos temos incertezas na vida e temos de ser capazes de nos levantar. É parte do processo. Eu aprendo mais quando estou na mó de baixo e isso é bom. Quando estamos na crista da onda não vemos o que se passa. Digo sempre aos meus amigos que é bom ter problemas”, destacou de seguida.

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