A organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa reiterou esta sexta-feira que “não há plano B, nem se justifica” e rejeitou alimentar especulações na sequência da operação a que foi submetido na quarta-feira o Papa Francisco.

“Não há plano B, nem se justifica, uma vez que todas as informações que recebemos, da Santa Sé e da equipa clínica, são positivas, mostrando que a intervenção cirúrgica preventiva a que foi submetido o Papa Francisco correu bem e que retomará a sua agenda normal a partir do dia 18 de junho”, afirmou à agência Lusa a porta-voz da JMJ, Rosa Pedroso Lima.

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A porta-voz salientou que “a JMJ não alimenta especulações injustificadas”.

“O cenário com que trabalhamos é o programa que foi divulgado na terça-feira, precisamente no dia em que o Papa foi submetido a exames que, agora sabemos, eram de preparação para a intervenção cirúrgica preventiva”, acrescentou Rosa Pedroso Lima.

O Papa Francisco, de 86 anos, foi operado na quarta-feira sob anestesia geral no Hospital Gemelli, em Roma, por risco de obstrução intestinal, divulgou o Vaticano.

Esta intervenção cirúrgica, considerada necessária pelo agravamento dos sintomas apresentados pelo Papa, segundo a sua equipa médica, levará a “vários dias” de hospitalização, disse num comunicado o diretor de imprensa do Vaticano, Mateus Bruni.

Na terça-feira, Francisco já tinha feito exames no Hospital Gemelli, em Roma.

Nesse dia, em que foi divulgado o programa para a JMJ, o bispo auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar, justificou a ida do Papa nesse dia ao hospital, explicando que foi apenas “fazer análises” e avisou que não existe um plano B para a JMJ.

“O único plano é F, de Francisco”, disse o também presidente da Fundação JMJ.

No dia seguinte, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, José Ornelas, recusou antecipar cenários devido à saúde do Papa Francisco, que iria ser operado nessa tarde, e disse contar com a sua presença na JMJ.

“Rezamos e acompanhamos a situação de saúde do Papa e esperamos aquilo que vai vir. Não antecipamos cenários, mas estamos contando que o Papa possa vir cá”, afirmou aos jornalistas, em Leiria, José Ornelas, também bispo da Diocese de Leiria-Fátima.

A agenda do Papa para a JMJ, entre 2 e 6 de agosto, em Lisboa, tem quase 20 encontros e inclui uma deslocação ao Santuário de Fátima.

A assessoria de imprensa do Vaticano revelou esta sexta-feira que o Papa Francisco teve uma segunda noite tranquila no Hospital Gemelli, a recuperar da cirurgia no intestino a que foi submetido.

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O Vaticano afirmou ainda que a condição de Francisco é estável e que a recuperação pós-operatória é considerada normal.